A corregedoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da CBF abriu nesta quinta-feira (31) um processo disciplinar contra o
procurador Paulo Schmitt.
A decisão acontece um dia depois de uma reportagem do site da ESPN revelar interferência da CBF em julgamentos realizados no órgão. Schmitt atuava como interlocutor da entidade.
O pedido de abertura da ação investigatória foi feito pelo auditor Washington Rodrigues, que solicitou à corregedoria do tribunal apuração de uso indevido do cargo, falta de independência, parcialidade, e obtenção de vantagens pessoais.
Rodrigues é o auditor que foi alvo de conversas entre Schmitt, Marco Polo Del Nero (ex-presidente da CBF) e Carlos Eugênio Lopes (diretor-jurídico da confederação) por não ter condenado o Atlético-MG após protesto de torcedores do clube contra a CBF, em jogo contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro de 2012.
Nos emails, que são parte do material apreendido pela Polícia Federal e enviado para a CPI do Futebol no Senado, os três lamentavam a absolvição e sob a iniciativa do procurador traçavam estratégias para condenar o clube no Pleno, a segunda instância do STJD.
No Pleno, a absolvição foi anulada e o Atlético-MG acabou punido com multa de R$ 10 mil.
Fonte: Folha de São Paulo
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