Chegou a 745 o número de crianças com diagnóstico confirmado para microcefalia e outras alterações neurológicas no país desde outubro
de 2015. Até o momento, 1.182 casos com suspeita foram descartados. Há ainda 4.231 casos notificados em investigação.
Os casos confirmados estão em 18 Estados de todas as regiões do país, mas se concentram na região Nordeste, que tem 725 crianças com microcefalia ou lesões neurológicas.
Ao menos 37 bebês morreram após o parto ou durante a gestação devido a alterações no sistema nervoso central. Outras 102 mortes estão sendo investigadas.
Ministério segue OMS e muda critério
Desde o fim do ano passado, o Ministério da Saúde investiga se as crianças nascidas com cabeça menor que 32 cm têm lesões neurológicas. O governo, no entanto, vai alterar a medida usada para notificação de microcefalia e adotar os parâmetros anunciados recentemente pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
A partir de agora serão notificados como casos suspeitos de microcefalia meninas que nascerem com o perímetro cefálico menor que 31,5 centímetros e meninos com menos que 31,9 centímetros. A nova padronização vale para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.
No caso de bebês prematuros, os profissionais de saúde estão capacitados para avaliar o perímetro encefálico do feto de acordo com o esperado para a semana gestacional.
"Isso vai evitar que crianças normais entrem nas estatísticas e que as mães fiquem preocupadas", afirmou o coordenador-geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública, Wanderson Oliveira.
Oliveira salientou que os novos parâmetros não resultarão no descarte de casos já notificados. "Todas as crianças que foram notificadas serão acompanhadas. Caso nasça com perímetro cefálico normal e venha apresentar algum problema, será acompanhada pela pediatria", afirmou.
Sexo com camisinha para grávidas
Seguindo as diretrizes da OMS, o Ministério da Saúde passou a recomendar às grávidas que façam sexo com camisinha com os seus parceiros que estiveram em regiões endêmicas para o vírus da zika. O alerta acontece após Estados Unidos, França e Itália apontarem casos de suspeita de transmissão sexual do vírus.
"É evidente que gestantes precisam tomar mais cuidados, principalmente porque a maioria das pessoas não manifestam sintomas", disse Marcelo Castro, ministro da Saúde.
41 países desde 2015
A OMS recebeu notificações de presença do vírus da zika em 41 países desde 2015, quando o Brasil alertou para uma associação entre o vírus da zika e lesões neurológicas.
A maioria das áreas está nas Américas do Sul e Central, onde há 31 países e territórios em que o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.
Segundo balanço da OMS, oito países registraram aumento de casos da Síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia muscular.
Fonte: Uol
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