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segunda-feira, março 21, 2016

Avião que caiu em SP teve estrondo em decolagem, relata testemunha

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O avião que levava a família de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, e caiu em um sobrado na zona norte de São Paulo falhou na
decolagem, segundo ao menos uma testemunha informou aos peritos da Aeronáutica.

No acidente morreram Agnelli, cinco familiares dele e o piloto, Paulo Roberto Baú.

A testemunha atua no Campo de Marte e viu o avião decolar. Segundo ela, o motor do avião fez dois estrondos semelhantes ao de uma explosão —um indício de que pode ter havido pane.

O avião, um modelo experimental Compair CA-9, decolou às 15h20 e caiu três minutos depois sobre um imóvel do Jardim São Bento, bairro residencial de alto padrão.

A pane, a ser confirmada pelas investigações, está entre as hipóteses compatíveis com queda súbita. A decolagem é etapa crítica do voo, em que o avião precisa de força para ganhar altitude.

A Aeronáutica não informou neste domingo (20) se o piloto declarou emergência.

Uma das possibilidades consideradas é se houve defeito nas válvulas que levam o combustível às asas. Isso porque a interrupção de distribuição pode parar o motor.

Outras é verificar se o combustível usado para abastecer estava dentro dos parâmetros —combustível adulterado também afeta o motor.
Faz parte do processo de apuração ainda saber o peso com que o avião decolou.

O Compair, um turbo-hélice, estava com a capacidade máxima —piloto e seis passageiros. Não se sabe até o momento, por exemplo, quantas bagagens havia no avião.

Uma aeronave mais pesada do que recomendado tem o centro de gravidade afetado, o que também pode resultar em problemas no voo.

A apuração, por ora, está a cargo da Aeronáutica. Se o órgão entender que não há contribuição para evitar outros acidentes, o trabalho ficará apenas com a Polícia Civil. A Aeronáutica não costuma apurar desastres com aviões experimentais, única categoria da aviação em que se voa "por conta e risco" do dono —o próprio Agnelli.

O piloto, Paulo Roberto Baú, 51, tinha habilitação em dia e autorização para aviões monomotores, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Fonte: Folha de São Paulo

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