"A situação se deteriorou". Foi desta forma que o promotor Antônio Siqueira, do Ministério Público do Rio Grande do Norte, analisou a crise no Sistema
Penitenciário do estado durante a reunião do Fórum Permanente de Discussão do Sistema Prisional no Rio Grande do Norte realizada na manhã desta sexta-feira (11), na sede da Procuradoria-Geral de Justiça. O sistema penitenciário potiguar completa um ano em estado de calamidade pública no dia 17 deste mês.
O encontro teve como objetivo debater as 30 medidas entregues ao Governo do Estado em março do ano passado, junto a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para viabilizar ações voltadas para o sistema prisional. Também foram debatidos o sistema de cogestão nas unidades prisionais, a contratação de Agentes Penitenciários, a construção de novas vagas e a reforma das unidades prisionais.
Durante a reunião também foi estabelecida a criação de uma 'força tarefa' composta por integrantes dos membros do Fórum para participar das decisões dos problemas do sistema prisional. Os membros serão nomeados pelo secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), Cristiano Feitosa.
Renovação da calamidade
O decreto de calamidade - que segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) será renovado por mais seis meses - foi necessário após uma série de rebeliões que destruiu boa parte das 33 unidades prisionais mantidas pelo estado.
Neste período, o Rio Grande do Norte recebeu o reforço de 200 policiais da Força Nacional e gastou mais de R$ 7 milhões na reconstrução dos presídios depredados. Melhorou ou piorou? Segundo o secretário Cristiano Feitosa, “melhorou muito pouco”.
127 fugitivos em 2016
Após a direção da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional do Rio Grande do Norte, confirmar que 6 detentos fugiram da unidade na noite desta quinta-feira (10), chega a 127 o número de presos que já escaparam do sistema prisional potiguar em 2016.
Fonte: G1
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