Páginas

terça-feira, fevereiro 09, 2016

Unicamp começa a realizar testes rápidos que detectam zika em 5h

Aedes aegypti no laboratório da Oxitec, em Campinas. O mosquito é transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e do vírus zika, causador da microcefalia (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)A Unicamp anunciou nesta segunda-feira (8) que vai começar na próxima semana a realizar testes rápidos para confirmação do zika em Campinas (SP). Com
resultado que fica pronto em cinco horas, o teste molecular é 100% eficaz, segundo Clarisse Arns, coordenadora de pesquisas da força-tarefa da universidade que estuda o vírus, em parceria com a USP e a Unesp.
“A partir de segunda vamos estar aptos a receber amostras para o teste molecular. Este teste vai confirmar em até cinco horas se é zika ou não”, explica Clarisse.
A iniciativa em conjunto pretende entender e mapear o zika vírus. Cada universidade vai estudar a ação e o combate tanto à doença como ao transmissor, o mosquito Aedes aegypti.
O zika vírus também pode ter relação com o aumento no número de casos de microcefalia em bebês no Brasil, o que gerou um alerta do Ministério da Saúde.
Amostras
O teste rápido é feito a partir de testes de sorologia com amostras de sangue, urina ou saliva e diferenciam o zika dos outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, como a dengue o chikungunya. Segundo a pesquisadora, ele é 100% eficaz.
“Assim que tivermos os resultados, vamos encaminhar para o local de origem do exame, sendo ele negativo ou positivo. O paciente, geralmente, está desesperado para saber se tem zika ou não”, explica.
A ação será realizada inicialmente em Campinas. “O Hospital das Clínicas da Unicamp vai nos encaminhar amostras, assim como a cidade de Campinas.  Posteriormente, vamos receber casos suspeitos de outras cidades, como Sumaré, por exemplo”, afirma Clarisse.
Zika na região
Na região, até agora, foram confirmados cinco casos de zika, sendo dois em Sumaré, um em Campinas, um em Americana e um em Piracicaba.
A força-tarefa contra o zika
Pesquisadores da Unicamp, USP e Unesp criaram uma força-tarefa de combate ao zika vírus na semana passada durante uma reunião em São Paulo. Eles pretendem estudar a evolução do vírus, combater o mosquito, desenvolver uma vacina, fazer o mapeamento genético e ver como ele afeta a gestação e a formação dos bebês.
“Nós temos vários laboratórios no estado de São Paulo. Onde tivermos pacientes com confirmação de casos, nós vamos detectar e atuar. Esta rede de informação vai comunicar e trocar informações para entender a evolução do vírus”, finaliza Clarisse.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!