A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) começou o processo de investigação epidemiológica dos sete óbitos com suspeitas de dengue ocorridos nos
últimos dias, no município de João Câmara, na região Agreste do Rio Grande do Norte. Técnicos da Sesap já estão no município e realizam o trabalho de coleta de material para exames laboratoriais. Os exames são realizados no Laboratório Central e o resultado demora cerca de 30 dias.
As informações foram confirmadas por Cláudia Frederico, coordenadora de Promoção à Saúde e por Kristiane Fialho, subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica. Além do trabalho investigativo, já está sendo feita em João Câmara a cobertura do carro fumacê que terá uma duração de 12 dias, intervindo diretamente na proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Outra medida é a visita domiciliar para eliminação dos focos do mosquito e a Sesap informou que cerca de 77% dos imóveis do município já foram visitados. Com relação a prédios fechados com possíveis focos do aedes, a população deve denunciar através do número 199, da Sala de Situação da Sesap.
Segundo dados do último boletim da dengue, com registros até o último dia 20 de fevereiro, foram notificados 10.762 casos de dengue, superior ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 10.038 casos. Em João Câmara foram registrados 428 notificações. Sobre o número de óbitos com suspeitas de dengue, a Sesap contabiliza 15 até o momento, já incluindo os 7 do município de João Câmara.
A coordenadora de Promoção à Saúde também falou sobre um possível caso com suspeita de meningite, oriundo da mesma região, em um paciente internado no Hospital Walfredo Gurgel. Segundo Cláudia Frederico, o caso também está sob investigação e o material já recolhido para exame laboratorial, mas, independente do resultado, a equipe da Subcoordenadoria de Epidemiologia da Sesap já realizou o bloqueio profilático nos chamados “comunicantes” do paciente (familiares e conhecidos com quem teve contato recentemente). “Todos já estão sendo medicados para se prevenir do contágio”, disse.
Frederico ainda alertou à população para continuar a postura vigilante e colaborativa com relação à identificação dos focos do mosquito Aedes aegypti. “Não se deve colocar lixo nas ruas e em terrenos baldios, nem deixar água parada sem a devida proteção e tratamento, toda caixa d’água, por exemplo, deve ser coberta, porque se as condições ideais não forem dadas, o foco que foi eliminado pode reaparecer no mesmo lugar. Não adianta fazer limpezas pontuais, temos que limpar e limpar sempre”, esclarece Cláudia.
Fonte: G1
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