Apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como intermediário do esquema de corrupção descoberto na Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap), o
ex-prefeito de Macaíba Luiz Gonzaga Soares foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão por corrupção passiva e crime de quadrilha. Os crimes teriam sido praticados entre 2004 e 2006.
Luiz Gonzaga, conhecido como Luizinho, é um dos condenados na operação 'Hígia', deflagrada pelo MPF em 2008. A operação identificou um esquema de desvio de verbas públicas para firmar e prorrogar contratos na área de limpeza hospitalar e locação de mão-de-obra. Entre os já condenados por esta operação estão a ex-governadora Wilma de Faria e o ex-deputado Lauro Maia, filho da ex-governadora.
De acordo com o MPF, o ex-prefeito tinha como função no esquema intermediar o contato entre os principais operadores do esquema, o advogado Anderson Miguel, assassinado em junho de 2011, e Jane Alves, então proprietários da empresa A&G. De acordo com os ex-proprietários da empresa, Luiz Gonzaga atuava como “emissário de Lauro Maia na arrecadação da propina”, paga para garantir a manutenção dos contratos com a secretaria.
Para o juiz federal Gustavo Henrique de Oliveira, autor da sentença, os áudios de interceptação telefônica registrando conversas de Anderson, Jane Alves e do próprio Luizinho, dentre outros, deixa evidente o papel de intermediação desempenhado pelo réu.
Ainda de acordo com o MPF, Jane Alves declarou que mensalmente, entre 2004 e 2006, eram entregues a Luizinho, geralmente na sede da A&G, R$ 25 mil, sendo que R$ 5 mil ficavam com ele e o restante era repassado o ex-deputado Lauro Maia.
A empresária chegou a conversar em três ocasiões com Lauro para tratar dos contratos com a Sesap, tendo sido Luiz Gonzaga o intermediador dos diálogos. Caso a empresa não pagasse 10% de propina, perderia as contratações ou sofreria atraso no recebimento dos recursos públicos.
Fonte: G1
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