O ex-jogador do Figueirense Eduardo Francisco da Silva Neto, o Dudu, foi condenado nesta quarta-feira (17) a sete anos, dois meses e 12 dias de prisão por ter causado a
morte de três pessoas em 2011.
De acordo com a Vara do Tribunal do Júri de Florianópolis, ele deve cumprir a pena inicialmente em regime semiaberto. Essa pena é referente a ele ter matado as três pessoas, o que infringe os artigos 121 e 70 do Código Penal,
Depois, ele deverá cumprir mais seis meses de pena em regime aberto referente a ter dirigido o carro gerando perido, já que estava alcoolizado. Com isso, Dudu infringiu o artigo 309 do Código de Trânsito Brasileiro.
No regime semiaberto, ele deve trabalhar durante o dia e dormir na prisão. No aberto, não fica preso, mas terá restrições, que serão posteriormente determinadas pela Justiça. Dudu poderá recorrer da sentença em liberdade.
O G1 tentou contato com os advogados de Dudu, mas não obteve êxito até a publicação desta notícia.
O julgamento iniciou às 9h no Tribunal do Júri de Florianópolis, no Fórum Central, e terminou às 16h40. Dudu foi acusado de homicídio simples.
O jogador foi preso em flagrante em 2011 e confessou ter bebido de oito a 10 cervejas minutos antes do acidente em São José na Grande Florianópolis. No carro dele, estavam quatro amigos.
Três morreram. Emerson Neves e Rosemberg Martins Espírito Santo tiveram os corpos carbonizados. Edemilson Félix Moreira teve traumatismo craniano e morreu no hospital. Leonardo Gomes Barbosa, que salvou Dudu ao tirá-lo do carro em chamas, teve ferimentos leves.
Dia do acidente
O esportista estava em um bar próximo ao shopping em São José, na Grande Florianópolis, e teria saído em um Hyundai do local por volta das 3h de 19 de junho com os amigos e uma mulher, que na época não quis ser identificada.
Ele atravessou boa parte da capital até deixar a jovem no bairro Carianos, no Sul da Ilha. Na volta, ao pegar a Via Expressa Sul, 2 quilômetros depois do Elevado do Trevo da Seta, bateu de frente com um poste e o carro pegou fogo.
Na ocasião, o delegado Ricardo Guedes da Cunha, da delegacia Central, classificou o caso como culposo, sem intenção de causar lesões. Dudu também estava sem carteira de habilitação.
Na época, o jogador pagou uma fiança de R$ 2,7 mil e continuou jogando normalmente pelo Figueirense, mas com algumas condições. A ele não era permitido ficar em lugares públicos, como bares e festas, nem se ausentar da cidade.
Histórico de infrações
Esta não foi a primeira vez que o ex-jogador do Figueirense, na época com 31 anos, dirigiu alcoolizado. Em agosto de 2010, na BR-040, em Três Rios (RJ), ele foi autuado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por apresentar sinais de embriaguez.
Esta, no entanto, não era a infração mais comum cometida por Dudu, ele já tinha um histórico negativo nas estradas, algumas atitudes nas rodovias já causavam problemas desde 2008.
Em março daquele ano, ele cometeu uma infração por excesso de velocidade na BR-116, em Guaratinguetá (SP), onde a velocidade permitida era de 110 km/h, e ele dirigia a 141 km/h.
Em dezembro do mesmo ano, o jogador foi multado por dirigir com excesso de velocidade na BR-116 em São Paulo.Dias depois, a mesma razão fez com que recebesse outra multa em Araras (SP), na SP-330.
Em 2011, em 10 de maio, Dudu foi parado em uma blitz e foi autuado por estar sem carteira, mas o carro não foi apreendido.
Nunca teve CNH
Naquele fim de semana do acidente, os amigos vieram do Rio de Janeiro para visitar o jogador. Autuado pela polícia, ele não fez o teste do bafômetro. De acordo com a polícia, foi feito um teste visual e ficou a suspeita de que ele teria ingerido bebida alcoólica. Além de dirigir embriagado, ele nunca havia tido carteira, segundo a RBS TV.
Fonte: G1
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