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sábado, fevereiro 13, 2016

Após confronto, polícia diz que continuará tirando faixas de protesto

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Após confronto com torcedores organizados do Corinthians na última quinta (11), em Itaquera, a Polícia Militar disse que se baseou no Estatuto do Torcedor para atuar
e que não vai admitir protestos com faixas também nos próximos jogos.

A Gaviões da Fiel se manifestou na partida contra o Capivariano com mensagens contra a TV Globo e com cobranças à diretoria do clube. A PM retirou as faixas, o que deu início a uma confusão.

Logo depois da ação da PM, a uniformizada postou uma foto de um homem com a cabeça ensanguentada.

Chefe na operação na arena, o major Luiz Gonzaga defendeu a ação da polícia.

"Não teve ninguém ferido. A gente agiu de acordo com o Estatuto do Torcedor. Nada que fuja do jogo em si, do futebol, pode entrar no estádio", afirmou à Folha.

Segundo o artigo em que a PM se baseia, o 13-A, inciso quarto, os torcedores não podem "portar ou ostentar cartazes, bandeiras ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo".

Advogados ouvidos pela reportagem discordam da ação da PM. Dizem que ela agiu de forma abusiva.

André Sica, advogado especialista direito desportivo, afirma que a polícia errou.

"É um absurdo. Não há nada que proíba as faixas. A PM pode até querer ver se há algo racista ou, de fato, ofensivo, mas não pode proibir manifestação. Foi absolutamente abusiva a ação da polícia."

Para Gabriel Vieira, advogado do Grêmio, o protesto é uma garantia constitucional.

"Eu enxergo até com certo perigo isso. É a nossa lei mãe que garante a liberdade de expressão. Um singelo protesto ser reprimido? É um abuso e atenta contra a liberdade do cidadão", diz.

"A manifestação é um direito constitucional. Não faz sentido a ação, que foi desproporcional", afirma Davi Gebara, advogado da Gaviões da Fiel.

Fonte: Folha de São Paulo

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