Um ex-contador do Vaticano, monsenhor Nunzio Scarano, foi absolvido nesta segunda-feira (18) das acusações de corrupção e contrabando em um processo que
corria na justiça italiana.
Scarano era chefe de contabilidade da APSA, instituição que administra o patrimônio do Vaticano, até ser detido, em junho de 2013, antes de passar à prisão domiciliar.
O sacerdote era acusado de tentar repatriar para a Itália cerca de 20 milhões de euros depositados por uma família de armadores napolitanos na Suíça.
Nesta segunda-feira, um tribunal de Roma absolveu Scarano das acusações de contrabando e corrupção, mas lhe impôs uma pena de dois anos de prisão por caluniar outro réu durante o julgamento.
Scarano também é processado em um tribunal de Salerno, sua cidade natal no sul da Itália, em outro caso, envolvendo lavagem de dinheiro através do Instituto para as Obras da Religião (IOR), o banco do Vaticano.
O sacerdote, que se declara inocente, escreveu ao Papa Francisco acusando os diretores leigos da APSA de atividades ilícitas, encobertas por cardeais.
As autoridades congelaram 2,2 milhões de euros de bens de Scarano no momento de sua prisão, e posteriormente, em 2014, arrestaram um enorme apartamento em Roma, além de bloquear 9 milhões de euros em contas vinculadas ao sacerdote.
Diante dos enormes escândalos financeiros, especialmente relacionados à lavagem de dinheiro, Bento XVI e seu sucessor, Francisco, adotaram um vasto processo para que os procedimentos financeiros da Santa Sé sejam adequados às normas internacionais.
Fonte: G1
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