O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou nessa segunda-feira (25), a distribuição de repelentes para aproximadamente 400 mil mulheres grávidas que
fazem parte do cadastro no Bolsa Família. A medida tem como alvo o controle do surto de microcefalia no País, que já chegou a 3.893 casos. Apesar disso, constitui um recuo da proposta inicial. Castro ainda deu detalhes sobre a campanha contra o Aedes aegypti, que o governo pretende acelerar depois do carnaval.
O ministro informou que nesta quarta-feira (27), terá encontro com representantes de distribuidores de repelentes para verificar quantos produtos estão disponíveis, para que o governo compre e distribua. Em dezembro, ele havia anunciado a distribuição de repelentes para todas as grávidas do País – que registra 3 milhões de nascimentos por ano.
Caberia ao laboratório do Exército fabricar o produto. No mesmo dia, porém, o Exército negou que tivesse capacidade para produzir o item em larga escala. Após um mês de reuniões com vários laboratórios, na semana passada o ministro veio a público para admitir que não seria possível a distribuição para todas as gestantes.
Frase
Ainda no domingo, Castro voltou a causar polêmica. Em uma visita à Sala de Situação do Distrito Federal para Controle da Dengue, repetiu que o País está “perdendo feio a guerra” contra o Aedes aegypti. Segundo ele, o foco tem de ser mantido no combate ao inseto, o “inimigo número 1” do País. A frase, já dita na sexta, foi considerada “infeliz” e desagradou a presidente Dilma Rousseff, com quem se reuniu na sequência.
Forças Armadas
Depois do encontro com a presidente, o ministro da Saúde anunciou que no dia 13 de fevereiro cerca de 220 mil homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica deverão fazer uma mobilização nacional, com visitas a residências, para orientar a população. “Se a sociedade não chamar para si a responsabilidade nós não seremos vitoriosos”, disse Marcelo Castro.
Ele adiantou ainda que Dilma participará, na sexta, de videoconferência com governadores e representantes das Forças Armadas para discutir ações. O governo federal deve propor às administrações a adoção de medidas bem-sucedidas contra o inseto já adotadas por algumas cidades, como Goiânia.
Fonte: Estadão
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