O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivou nesta quinta-feira (17) representação contra a campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff por suposto uso da
máquina pública envolvendo os Correios na eleição do ano passado.
O TSE analisou ação que foi protocolada pelo PSDB depois de os Correios divulgarem, em outubro de 2014, nota no site informando que entrariam na Justiça contra o então candidato do partido, senador Aécio Neves (MG), que afirmou à época que a empresa não estava distribuindo material da campanha tucana à Presidência em municípios mineiros para beneficiar a campanha petista.
Em outubro do ano passado, o então presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, negou o uso político da empresa em favor da petista. Na ocasião, ele disse que denúncias eram "descabidas" e "inverídicas" e denegriam a imagem da estatal.
Após a fala do presidente, os Correios divulgaram no site que processariam o candidato tucano. O ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, do TSE, concedeu, na ocasião, liminar (decisão provisória) pela retirada da reportagem da página dos Correios. A decisão do ministro acolheu pedido da coligação de Aécio.
Por 4 votos a 3, o TSE também rejeitou nesta quinta punição a Wagner Pinheiro. Para a maioria dos ministos, a estatal somente utilizou o site para se defender de suspeitas e a nota foi meramente informativa.
Origem do caso
As acusações do PSDB contra os Correios começaram a ser feitas em outubro de 2014, após a divulgação de um vídeo pelo site do jornal "O Estado de S.Paulo". O vídeo mostrava uma reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, em que o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirma que a presidente Dilma Rousseff só chegou a 40% das intenções de votos no estado porque "tem dedo forte dos petistas dos Correios".
Em outro momento, Durval Ângelo, um dos coordenadores da campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas, pede ao presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, que informe à direção nacional do partido sobre "a grande contribuição que os Correios estão fazendo" nas campanhas. O vídeo não deixa claro qual é a "grande contribuição" que a estatal estaria fazendo.
O presidente dos Correios negou que a empresa mobilize os funcionários para campanha eleitoral.
Fonte: G1
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