O terceiro dos terroristas que atacaram a casa de shows Bataclan, em Paris, identificado na quarta-feira (9) como Foued Mohammed-Aggad, tentou sem sucesso ingressar no exército francês, publicou nesta quinta-feira (10) o "Le
Parisien".
Aggad, de 23 anos, nascido em Estrasburgo, no leste do país, "falava a todo o momento do exército, e entrar em suas fileiras era realmente o que queria fazer", disse um colega dele ao jornal, que também afirmou que ele ficou muito decepcionado por não ter sido convocado.
Sua radicalização, acrescentou Françoise Cotta, advogada de sua mãe, foi rápida, em questão de meses, e aconteceu principalmente pela internet, mas também em fins-de-semana "de reflexão" organizados por Mourad Farès, conhecido por recrutar jihadistas na França e preso desde setembro de 2014.
Sua identidade era a única que faltava a ser confirmada dos três terroristas que invadiram o Bataclan durante um show do Eagles of Death Metal e mataram 90 pessoas, além de ferir mais de duas centenas.
Sua mãe, de origem marroquina, deu a polícia sua pista após receber um SMS de um número sírio, em que sua nora dizia que seu filho tinha morrido como um "mártir" na capital francesa.
Aggad não tinha antecedentes criminais mas, segundo o "Le Monde", a polícia tinha aberto uma ficha "S", de acompanhamento, por radicalização, e era objeto também de um "alerta azul" da Interpol para estabelecer sua localização, já que seu perfil poderia interessar em alguma investigação.
O jovem foi à Síria em dezembro de 2013 junto com seu irmão Karim, atualmente preso, e outros sete homens, todos oriundos do conflituoso bairro de Meinau.
Dois deles morreram logo depois de chegar, e o resto, excetoFoued, voltaram à França entre fevereiro e março de 2014, antes de serem detidos em maio desse ano por causa dessa escapada jihadista, ao serem acusados de associação com fins terroristas.
Em abril de 2014, a mãe dos dois irmãos disse a Karim que Foued tinha contado que tinha a intenção de morrer "como mártir" durante o Ramadã, segundo "Le Monde".
Os investigadores, segundo o jornal, encontraram no computador de Karim uma mensagem de Foued de março de 2014 que dizia a uma tal Hadjira que se voltasse à França não era para entrar na prisão, mas "para fazer explodir tudo".
Fonte: G1
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