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domingo, dezembro 27, 2015

Shoppings têm pior Natal dos últimos dez anos, diz Alshop

Consumidoras fazem compras de Natal no Shopping Higienópolis, em São PauloAs vendas de Natal nos shoppings tiveram queda de 1% em 2015 em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação do período. Foi o pior resultado dos
últimos dez anos, segundo dirigentes da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping).

Os dados foram divulgados neste sábado (26) pela associação, após pesquisa realizada com cerca de 150 empresas de varejo associadas à entidade. Juntas essas redes somam 7.500 lojas em todo o país.

A queda constatada no Natal considera os produtos vendidos nos shoppings no mês de dezembro. Em 2014, as vendas desse mesmo período tiveram crescimento real de 3% em relação ao Natal do ano anterior.

"Com crédito mais escasso, juros mais altos, dólar ao redor R$ 4 e inflação elevada, não tem como obter resultado positivo nas vendas de Natal. O desemprego maior e as incertezas da economia e da política contribuíram para que o consumidor não gastasse", diz Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.

Os lojistas esperavam gasto médio de R$ 110 por presente neste ano, mas o consumidor gastou ainda menos. "Foi 10% a menos do que prevíamos, o que mostra a retenção mesmo do consumo", afirma o executivo.

No acumulado do ano, as vendas dos shoppings somaram R$ 130,5 bilhões, queda de 2,8%, já descontada a inflação do período. Dos oito segmentos do comércio pesquisados, seis tiveram desempenho negativo. Somente perfumaria e cosméticos (3,7%) e joias e relógios (3,2%) tiveram alta nas vendas.

Diante do mau desempenho, os lojistas devem incrementar as promoções e as liquidações em janeiro. "O consumidor vai encontrar descontos de 70%, em média", diz Luis Augusto Ildefonso da Silva, diretor da Alshop.

EMPREGO

O emprego temporário neste período de Natal também teve o pior resultado dos últimos 15 anos, segundo a associação.

Neste ano, foram abertas 96 mil vagas temporárias nos shoppings do país ante 138 mil contratações em 2014, o que representa redução de 30,4%. 

Fonte: Folha de São Paulo

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