Os produtores rurais do Rio Grande do Norte estão preocupados com a possibilidade de não conseguirem renegociar suas dívidas em relação ao Governo Federal. Segundo
representantes de entidades representativas dos produtores, o ano está chegando ao fim e ainda não há soluções para que as dívidas sejam prorrogadas para o próximo ano.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, afirma que apesar do empenho federal para que a situação seja resolvida, cenário é preocupante.
“Já tivemos várias reuniões com os ministérios da Fazenda e da Agricultura, a ministra Kátia Abreu entendeu o clamor dos produtores do Nordeste, e esperamos ainda as renegociações até o final do ano. Estamos numa corrida contra o tempo e preocupados porque os produtores não vão conseguir honrar as dívidas devido às dificuldades com a seca, mas ainda não temos definição”, disse Vieira.
Segundo o representante da Faern, o estado conta com 17 mil operações rurais que no momento dependem da prorrogação. “Queremos a prorrogação até o ano que vem e no cálculo que fizemos seria possível”.
Vieira diz que o impacto calculado, quando analisada a área de atuação da Sudene (corresponde a toda a Região Nordeste, parte de Minas Gerais e Espirito Santo) para o Governo Federal seria de R$ 20 a 30 milhões caso sejam acatadas as mudanças de prazos: “É um valor muito pequeno em comparação com todo o país e a situação que vivemos hoje”.
Produtores do crédito fundiário conseguem a extensão do prazo
Para os produtores rurais pertencentes ao Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) conseguiram a prorrogação. Segundo César Oliveira, presidente da Emater, uma resolução do Conselho Monetário Fiscal, publicada em 17 de dezembro, determina a renegociação até o dia 30 de dezembro de 2016. “Para isso, o produtor deve dar entrada no processo até 30 de junho e quitar ao menos 5% da dívida”, explicou Oliveira.
Para os agricultores familiares que não estão no programa, ainda não há nenhuma resolução que prorrogue a renegociação. Contudo, segundo César Oliveira, quem liquidar a dívida até 30 de dezembro deste ano, poderá ter um desconto de até 85%.
Fonte: Portal Noar
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