"Ela dobrou de peso em menos de dois anos. Isso foi depois que parou de andar e teve que passar a viver em cima de uma cama. Chegamos ao nosso limite. Precisamos de ajuda". O depoimento é da
desempregada Karla Leão, de 50 anos, e se refere à irmã dela, Kalina, de 52 anos. Kalina teve de ser resgatada por 15 homens do Corpo de Bombeiros e do Samu na manhã desta terça-feira (29) após a cama em que estava não suportar os mais de 360 quilos dela e quebrar. A mulher fraturou o braço esquerdo e passou por uma cirurgia à tarde em um hospital particular de Natal. Kalina passa bem.
Segundo Karla Leão, Kalina tem um distúrbio comportamental. "Ela sempre teve sobrepeso. Em 2013, a minha irmã chegou aos 180 quilos e passou a não conseguir mais andar. Atualmente, com o excesso de peso e a deficiência mental, a Kalina depende de mim, da nossa mãe e de uma irmã nossa pra tudo. Somos nós que damos banho, comida e limpamos as necessidades dela. Estou desempregada justamente para poder cuidar da minha mãe, que é uma senhora de idade, e da Kalina, que está nessa situação. Mas agora chegou a um ponto crítico. Se ela não for ajudada, irá morrer", falou.
Karla diz que essa foi a quarta vez que o peso de Kalina fez com que ela quebrasse uma cama. "Não podemos deixar de alimentar a Kalina. Como ela passou a viver em cima de uma cama, aumentou muito rapidamente de peso. E isso acabou provocando quebras constantes. A solução agora é construir uma de alvenaria".
A desempregada também luta para que a irmã passe por uma cirurgia de redução de estômago, mesmo tendo deficiência mental. "O correto em uma situação dessas é que a pessoa perca um pouco o peso antes da cirurgia. Mas isso não será possível com a Kalina. Ela tem que ser operada logo. Agora ela passou a correr risco de morte".
Nesta terça, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte emitiu nota informando que foram necessários quinze militares para realizar o resgate. Ainda não há previsão de alta para Kalina Leão.
Fonte: G1
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