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terça-feira, dezembro 08, 2015

Nota técnica do governo orienta atendimento de microcefalia no RN

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte emitiu nesta segunda-feira (7) uma nota técnica sobre microcefalia com orientações
para os profissionais que atuam na atenção básica. Só neste ano foram registrados 60 casos da anomalia em todo o estado. A situação levou o governo a decretar situação de emergência.
O documento, elaborado pela ubcoordenadoria de Ações de Saúde (Suas), pede reforço na atenção aos cuidados com a gestante e o recém-nascido, e chama atenção para a vigilância dos fatores de risco sanitários e associados à gravidez. Os casos já diagnosticados estão sendo acompanhados pelo Departamento de Pediatria do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL).

A Sesap enumerou 13 fatores para as ações de prevenção e controle vetorial nos municípios potiguares:     

1. Notificar imediatamente os casos suspeitos, por meio do formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública referente às microcefalias (RESP – Microcefalias), no endereço www.resp.saude.gov.br e no FormSus conforme orientação do CIEVS/RN;

2. Reforçar as ações de prevenção e controle vetorial nos municípios, priorizando ações de limpeza pública, saneamento básico e mobilização social, adotando medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);
3. Reforçar a importância da notificação no SINAN de agravos de notificação compulsória ocorridos durante a gestação, especialmente sífilis, toxoplasmose, HIV, dengue, chikungunya e zika;
4. As equipes matriciais devem acolher e apoiar psicologicamente com suporte profissional especializado as gestantes nesse momento de tensão gerado pelo aumento de microcefalia e malformações nos recém-nascidos do RN/estados do NE;
5. As gestantes devem ser acompanhadas em consulta de pré-natal na atenção básica, realizando todos os exames recomendados pela equipe multiprofissional de saúde. É importante a atualização das vacinas de acordo com o calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde;
6. As equipes multiprofissionais deverão orientar as gestantes a: não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas; não utilizar medicamentos sem a orientação médica; evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;
7. As equipes multiprofissionais, os Agentes Comunitários de Saúde - ACS e de Combate Endemias - ACE deverão orientar a população a se proteger de mosquitos, mantendo suas portas e janelas fechadas ou teladas, usando calças e camisas de mangas compridas e utilizando repelentes indicados para gestantes, conforme orientação médica;
8. As equipes multiprofissionais deverão orientar as gestantes que se houver qualquer alteração no seu estado de saúde, principalmente no período até o 4º mês de gestação, ou se houver persistência de doença pré-existente nessa fase, procurem a Unidade de Saúde de Referência (médicos obstetras, médico ultrassonografista e demais componentes da equipe) para que sejam tomadas as providências que promovam uma gestação segura;
9. Os gestores municipais e equipes que acompanham às gestantes devem garantir que os partos sejam realizados nas maternidades de referência para o baixo risco;
10. As equipes devem realizar a consulta ao recém-nascido (RN), com verificação da Caderneta de Saúde da Criança (vacinas obrigatórias e o registro da realização da Triagem Neonatal - Teste do pezinho, Teste da orelhinha e Teste do olhinho). Aproveitar para realizar apoio e incentivo ao aleitamento materno. E orientar os responsáveis quanto aos cuidados com o RN e sinais de alerta que são: dificuldade de amamentação, infecção no coto umbilical e icterícia;
11. Garantir a consulta de seguimento do Crescimento e Desenvolvimento (CD) do RN, mantendo vigilância em relação ao desenvolvimento ideal, atentando para o Perímetro Cefálico (PC) e utilizando as curvas de crescimento e desenvolvimento da OMS. No caso dos prematuros, utilizar a curva de Fenton-2013 (em anexo). Manter vigilância do PC principalmente nos dois primeiros anos de vida, pois há possibilidade do RN, ao nascimento, apresentar mensuração do PC dentro dos limites da normalidade, entretanto esse desenvolvimento pode tornar-se inadequado ao longo dos dois primeiros anos;
12. Nos casos de detecção de PC fora dos padrões de normalidade, referenciar para o Departamento de Pediatria do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) em Natal-RN;
13. As gestões municipais deverão divulgar e orientar os profissionais de saúde sobre a padronização para a identificação dos casos suspeitos de microcefalia.

Fonte: G1

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