'Falou que era fraquinho', diz mulher após ladrão devolver celular em Natal

"O celular delas é um daqueles fraquinhos. Quando ele a abordou, reclamou do celular e perguntou se ela não tinha dinheiro. Ela disse que só tinha o celular. Aí ele respondeu: 'Pois esse daqui eu não

quero não, porque não presta nem para vender". O relato transcrito nesta matéria foi feito por uma mulher que preferiu não se identificar. Na manhã desta quarta-feira (9), ela e uma amiga estavam caminhando na rua José Aurino Rocha, localizada no bairro de Lagoa Nova, na Zona Sul de Natal, quando foram abordados por um motociclista. Percebendo a aproximação do homem, a mulher correu, mas ele ainda conseguiu abordar a outra mulher, com quem travou o diálogo descrito acima.

O caso não é um acontecimento isolado na rua Aurindo Rocha. Câmeras de segurança de um condomínio registraram nas últimas duas semanas pelo menos três ações criminosas similares a que abre esta matéria, inclusive o momento em que o criminoso devolve o celular de uma das vítimas. De acordo com os moradores, a suspeita é de que o mesmo homem seja o responsável pelos roubos ocorridos na rua.

O RN TV 1º Edição teve acesso as imagens do circuito interno de segurança do condomínio que mostram um homem circulando pela rua em uma motocicleta. De acordo com os moradores, o homem das imagens é o mesmo que cometeu os crimes.

Dentre as ações criminosas registradas pelas câmeras que a reportagem teve acesso, a primeira aconteceu há duas semanas. Em todos os casos o modo de agir é o mesmo: um homem sozinho em uma moto se aproxima dos pedestres e faz a abordagem.

Em um dos casos registrados, um homem chega a levantar a camisa para mostrar que não tem mais nada para entregar ao bandido. O relato é de que o homem escolhe o que vai levar. Moradores da rua reclamam da falta de policiamento da região.

De acordo com o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, Flávio Melo, o comando geral da PM no estado remanejou novos policiais para o batalhão afim de suprir as deficiências no efetivo. Melo também reforçou a importância de que os casos sejam registrados por meio de Boletim de Ocorrência.

"Esses casos específicos em Lagoa Nova eu não tinha conhecimento, de forma que é muito importate que os registros sejam feitos para que possamos fazer um planejamento do policiamento ostensivo na região", explicou o comandante.

Fonte: G1