O Departamento de Estado americano pediu, nesta terça-feira (29), a libertação do ativista dissidente cubano Vladimir Morera Bacallao, que está internado em
consequência de uma greve de fome que já dura mais de 80 dias.
O preso, que já fez o protesto em outra ocasião, vem realizando este novo jejum desde 9 de outubro e está internado em um hospital há uma semana devido à deterioração de sua saúde, já que está pesando menos de 43 kg, explicou à agência Efe Librado Linares, ex-prisioneiro político do "Grupo dos 75", detidos na "Primavera Negra" de 2003.
"Pedimos ao governo de Cuba a libertação de Vladimir Bacallao, preso por dissidência pacífica e em greve de fome", pediu no Twitter a subsecretária de Estado americana para o Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson.
Pouco antes, o porta-voz da diplomacia dos EUA Mark Toner havia pedido a libertação de Morera Bacallao, manifestando a "preocupação" do governo americano com a deterioração de seu estado de saúde.
Vladimir Morera, de 45 anos, é um militante do grupo dissidente e ilegal Movimento Cubano de Reflexão e foi detido após realizar pinturas de grafite com mensagens de contestação ao regime cubano nas paredes de sua casa na cidade de Manicaragua, na província central de Villa Clara, no dia 19 de abril, data em que foram realizadas as eleições municipais no país.
O julgamento de Morera aconteceu em 27 de novembro e, após os recursos, o réu teve a condenação a quatro anos de prisão confirmada por danos e desordem pública, segundo explicou à agência Efe Linares.
O dissidente já tinha cumprido uma condenação em 2014 e foi um dos 53 presos políticos libertados por Cuba no final do ano passado a pedido dos Estados Unidos, por causa do anúncio do degelo das relações entre os dois países. Ele voltou a ser preso em abril deste ano, relata Toner.
Fonte: G1
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