Escolas de Los Angeles reabrem nesta quarta após ameaça de bomba

A rede de escolas de Los Angeles, nos Estados Unidos, reabriu nesta quarta-feira (16) após ficarem um dia fechadas devido a uma ameaça de bomba. Mais de 640 mil estudantes, entre o maternal e

segundo grau, estudam em mais de 1000 escolas da rede.

Ainda não está claro quando a ameaça foi recebida e qual escola seria o alvo, mas a situação levou o distrito local a fechar todas as unidades imediatamente.

"Nesta manhã, pouco depois das 5h, recebi um chamado" do responsável da polícia em matéria de segurança das escolas "e ele falotru de uma ameaça não cona uma, mas contra várias escolas" em Los Angeles, declarou Ramon Cortines, superintendente da rede de escolas, durante uma coletiva de imprensa.

"Nós decidimos fechar nossas escolas hoje até que tenhamos absoluta certeza de que nossos alunos estão a salvo", disse Steven Zipperman, chefe do departamento de polícia escolar de Los Angeles à imprensa, segundo o jornal "Los Angeles Times".

Horas depois os estabelecimentos de ensino foram reabertos e as famílias foram orientadas a pegar os filhos nas escolas.

O ataque no início de dezembro na cidade de San Bernardino, que também fica no estado da Califórnia, influenciou a decisão de fechar as escolas, disse Cortines. Naquele ataque, um casal invadiu um centro comunitário da cidade e mataram 14 pessoas.

Placa em escola de Los Angeles tem aviso de 'escola fechada' nesta terça-feira (15) (Foto: REUTERS/Jonathan Alcorn)

Estudantes e professores foram orientados a ficar longe de todas escolas. A polícia local está investigando a ameaça. Agentes da polícia e do FBI foram convocados para ajudar a vasculhar mais de 1.000 escolas no distrito, declarou Cortines, acrescentando que esperava que a operação terminasse no decorrer do dia.

Ameaças em Nova York

A cidade de Nova York também recebeu ameaças contra seu sistema de escolas públicas nesta terça, mas não as considerou verdadeiras, informou o prefeito, horas depois de Los Angeles ordenar o fechamento de suas escolas pelo mesmo motivo.

"Não são ameaças concretas contra nossas crianças. Estamos totalmente convencidos de que nossas escolas estão a salvo", afirmou Bill de Blasio à imprensa.

O chefe de polícia de Nova York, Bill Bratton, explicou que a ameaça era similar a que as autoridades de Los Angeles receberam. "Não vemos como uma ameaça terrorista concreta", enfatizou.

Críticas

Autoridades federais, que falaram à agência Reuters e pediram anonimato, concordaram com uma avaliação do comissário de polícia de Nova York, William Bratton, de que a decisão em Los Angeles foi uma "reação excessiva".

A medida atraiu críticas uma vez que autoridades de Nova York afirmaram ter recebido a mesma ameaça e a consideraram sem credibilidade.

Uma fonte da área de segurança disse à Reuters que autoridades de Los Angeles ordenaram o fechamento para permitir uma busca completa nas instalações de ensino público, sem consultar o FBI, agência federal de investigação, que lidera todas as potenciais investigações sobre terrorismo.

Contudo, o prefeito da cidade, Eric Garcetti, negou essa versão, dizendo que autoridades haviam entrado em contato com representantes federais de segurança.

O distrito escolar de Los Angeles recebe ameaças regularmente, mas essa se destacou pela sua escala, declarou Ramon Cortines, superintendente escolar. "Essa é a uma ameaça rara. Não foi somente para uma escola, duas escolas, três escolas, foi para muitas escolas", afirmou Cortines a jornalistas.

Fonte: G1