O prefeito de Mariana, Duarte Júnior (PPS), disse ao G1 que os trabalhos na área atingida pelo rompimento das barragens recomeçaram por volta das 6h
deste domingo (8). Estão programadas atividades de buscas por sobreviventes, abertura de caminhos com máquinas e entrega de donativos para moradores ilhados.
As barragens do Fundão e de Santarém, da mineradora Samarco, se romperam na quinta-feira (5), despejando 62 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério e água.
Os números de mortos e desaparecidos aumentaram neste sábado: são 28 desaparecidos e 2 mortos, segundo a Prefeitura de Mariana, na Região Central de Minas Gerais.
De acordo com a Samarco, 557 desabrigados estão hospedados em hotéis com custos pagos pela mineradora.
As buscas neste domingo (8) tentam localizar sobreviventes, ilhados e soterrados, com vida e também os 28 desaparecidos. Os trabalhos de buscas do Corpo de Bombeiros se concentram no distrito de Bento Rodrigues e arredores, conforme o prefeito.
Nos distritos de Paracatu, Borba, Pedra e Campinas máquinas vão trabalhar abrindo caminhos, segundo Duarte. Também será feita a entrega de donativos, com helicópteros e jipes, para moradores que se recusaram a deixar suas casas. “A força da lama já diminuiu bastante”, disse.
A barragem Germano, também da Samarco em Mariana, está sendo monitorada devido ao rompimento das outras duas. De acordo com a mineradora, não há risco da terceira barragem se romper.
Sistemas de abastecimento
A Agência Nacional de Águas (ANA) recomendou que os sistemas de abastecimento interrompam a captação das águas afetadas pela lama liberada pelo rompimento de barragens de rejeitos de mineração no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana.
"A natureza do resíduo em questão implica em grandes alterações temporárias das características da água bruta, por tempo indeterminável neste momento", afirmou a agência. A captação deve ser retomada somente "a partir da melhoria das características físico-químicas da água, considerando suas possibilidades de potabilização" e não há como prever quanto tempo deve durar a interrupção.
Em entrevista ao G1, a coordenadora do núcleo de emergências do Ibama de Minas Gerais, Ubaldina da Costa Isaac, explicou que os rejeitos de minério de ferro, compostos por óxido de ferro e areia, não são tóxicos. O material, no entanto, altera a qualidade da água porque a deixa com muitos sólidos em suspensão.
Barragem Germano é monitorada após rompimento das barragens do Fundão e Samtarém em Mariana, na Região Central de Minas (Foto: Reprodução/TV Globo)
Fonte: G1
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