Um tornado atingiu na tarde desta quinta-feira (19) a região oeste do Paraná, provocando destruição de imóveis e deixando moradores
A Prefeitura de Marechal Cândido Rondon (a 584 km de Curitiba), de 51 mil habitantes, confirmou que 1.500 casas foram danificadas na cidade, onde ao menos 20 pessoas chegaram a se ferir –sem gravidade. Até a conclusão desta edição, não havia registro de mortes.
O tornado foi registrado por volta das 16h15, a 150 km de Foz do Iguaçu, na fronteira de Brasil e Paraguai. Telhados de casas foram arrastados, postes e árvores tombaram (inclusive sobre carros) e bairros ficaram sem luz.
Em Marechal Cândido Rondon, alguns moradores conseguiram cobrir telhados danificados com lonas, mas foi montado um centro de acolhimento emergencial no centro de exposições da cidade para que famílias desabrigadas passassem a noite.
O Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) informou que, pelos relatos e imagens dos estragos, a categoria do tornado foi F1 –em uma escala que vai de F0 a F5. A estimativa é de que os ventos tenham sido de até 125 km/h.
A região continuava com chuvas à noite e a previsão das primeiras horas de sexta também era de temporal.
SANTA CATARINA
Em abril deste ano, parte do município de Xanxerê, no oeste de Santa Catarina, foi devastada por um tornado também da categoria F1. Duas pessoas morreram e pelo menos 2.600 imóveis ficaram destruídos na cidade.
Nesta quinta, ventos de rajada também atingiram a região de Chapecó, no oeste catarinense. Houve registro de casas destelhadas e árvores caídas mas, segundo informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não era possível confirmar se houve tornado nessa região.
O fenômeno –caracterizado pelo formato de funil, assim como um furacão– é isolado e se desloca no máximo por até 4 km de distância.
De acordo com o Inmet, é comum que o Sul do país seja atingido por áreas de instabilidade na primavera - condições que facilitam formar ventanias e até tornados.
Fonte: Folha de São Paulo
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