A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta terça-feira (24), a “Operação Tyrannos”. Segundo a PF, o objetivo é desarticular uma organização criminosa responsável por desvios de dinheiro no
programa “Minha Casa, Minha Vida” nos estados de Minas Gerais e São Paulo. A fraude, segundo a polícia, pode chegar a R$ 56 milhões.
Cerca de 100 servidores federais cumprem mandados nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Durandé (Zona da Mata), Martins Soares (Zona da Mata), Governador Valadares (Leste) e Manhuaçu (Zona da Mata), e em Santa Gertrudes (SP).
Seis mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária, 19 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva estão sendo cumpridos, todos expedidos pela Justiça de Manhuaçu, com a participação do Ministério Público Federal (MPF) da mesma cidade.
Segundo a PF, executores do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) são investigados por integrar uma organização criminosa que teria praticado diversos crimes contra a administração pública, incluindo superfaturamento milionário em obras das unidades habitacionais destinadas à população da área rural.
Os desvios apurados já ultrapassam R$ 1,6 milhão apenas em Martins Soares e Durandé. Em pouco mais de cinco anos, a organização criminosa teria celebrado contratos totalizando mais de R$ 56 milhões para executar o PNHR em aproximadamente 25 municípios. A investigação criminal contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).
Os investigados responderão por peculato, falso testemunho, fraude processual, estelionato, ordenamento de despesa não autorizada, falsificação de documentos e organização criminosa, podendo alguns cumprir até 22 anos de prisão.
Fonte: G1
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