Apesar de o cenário econômico não ser tão animador, a maioria dos donos de pequenas empresas do Rio Grande do Norte está otimista com perspectivas de aumento no faturamento até o fim de
dezembro. Cerca 57% dos empresários potiguares estimam que terão aumento de receita nesse período, enquanto 34% acreditam que vão manter o faturamento. Apenas 8% preveem reduções no fluxo de caixa. Os dados constam na pesquisa Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN). O índice calculado mensalmente pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Economistas explicam que esse clima de otimismo é refletido principalmente no comércio. Nesse período, a maior parte dos consumidores está com mais dinheiro em mãos, devido ao pagamento da segunda parcela do 13º salário e das férias, e tende a gastar mais, inclusive com as compras de fim de ano. Todo esse otimismo se reflete na confiança do empresariado.
A empresa potiguar de acessórios SDesign, por exemplo, prever um aumento de 20% no faturamento em relação a dezembro do ano passado. A marca, que produz bolsas, bijuterias e outros acessórios, distribui para praticamente todo o Brasil e também exterior. São 210 lojas no país que revende os produtos da grife e mais duas lojas internacionais, uma em Portugal e outra na República do Panamá. A participação da empresa em feiras do setor, como o Minas Trend, com o apoio do Sebrae, alavancou as vendas.
“Costumamos dizer que a crise não afetou a nossa empresa na parte de atacado. A partir de outubro, depois do Minas Trend, os pedidos aumentaram 48%. Estamos com a linha de produção a mil para dar conta de todas as encomendas. Tivemos, inclusive, que contratar mais pessoal – seis funcionários – para atender aos pedidos dentro do prazo”, conta empresária Ana Lígia Pelocha, que é sócia da marca juntamente com a empresária Sheila Morais.
O caso da SDesign, no entanto, é exceção no que diz respeito à contratação. Segundo o levantamento, apenas 10% dos proprietários de pequenos negócios do RN pretendem ampliar os quadros de funcionários nesse período de fim de ano. A maioria (85%) deve manter o número de empregados e 5% pensa em demissões.
Indicadores
A pesquisa ouviu 6.259 empresários de todo o Brasil, sendo 200 deles do Rio Grande do Norte. As entrevistas foram realizadas em outubro de 2015 e apresentam as expectativas para os meses de outubro, novembro e dezembro. Foram entrevistados Microempreendedores Individuais, microempresários e empresários de pequeno porte, sendo 200 em cada estado (exceto São Paulo, onde foram ouvidas 400 pessoas). A margem de erro para os dados estaduais é de sete pontos percentuais.
O ICPN varia em uma escala que vai de 0 a 200. Acima de 100, o indicador revela uma tendência de expansão das atividades, enquanto abaixo desse valor direciona para possível retração.
Em outubro, o ICPN do Rio Grande do Norte registrou um aumento de dez pontos em relação a janeiro e atingiu 107 pontos. O nível de confiança dos potiguares foi maior que a média nacional, que chegou a 98 pontos. O Nordeste foi a região que apresentou o maior índice, cujos pontos chegaram a 101.
Fonte: Portal Noar
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