Em meio a um cenário de crise e seca prolongada, a indústria têxtil é uma alternativa viável para o desenvolvimento econômico e interiorização da indústria no Rio
Grande do Norte. A indústria potiguar em uma parceria do Governo, Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) e Sebrae-RN, desenvolve um programa de industrialização do interior (Pró-Sertão), que em dois anos gerou a abertura de 69 facções e geração de 2.400 empregos diretos.
“As facções geram uma média de 35 empregos cada e estão presentes em várias partes do Estado, principalmente no Seridó e Mossoró, gerando uma receita R$ 3 milhões por mês para o Estado”, afirmou Verônica Melo, gestora do Pró-Sertão.
O público alvo do Pró-Sertão são os pequenos e micro empreendedores, localizados no Rio Grande do Norte, com aptidão para o desenvolvimento da atividade produtiva de confecção têxtil, visando o fornecimento de serviços na cadeia de suprimentos a montante de grandes indústrias do segmento têxtil e confecções.
As facções potiguares auxiliam na produção de 450 mil peças por mês e atendem empresas como Hering e Guararapes. A expectativa é que sejam implantadas 300 unidades de facção até dezembro de 2020. Com isso, 12 mil empregos diretos devem ser gerados, alcançando um índice de produção de 126 mil peças por dia.
Ainda segundo Verônica, por meio do Sebrae-RN e Senai-RN, os empreendedores da cadeia têxtil são beneficiados com orientações empresariais e de gestão, capacitação de mão de obra e gestão de negócios. “Nossa meta é que as facções potiguares consigam produzir para o mundo”.
Vocação Empreendedora
O empresário de Ceará-Mirim, na Grande Natal, Petros Câmara, 25 anos, viu no incentivo do Pró-Sertão a oportunidade para ingressar no empreendedorismo. Há pouco amis de dois meses investiu na abertura de uma facção que gera atualmente 25 empregos diretos, na costura e montagem de peças para a Guararapes.
“A oportunidade de ingressar na carreira empreendedora surgiu com o Pró-Sertão, para montar a facção começamos com um investimento inicial de R$ 240 mil e 25 empregos, mas nossa meta é crescer bem mais e quem saber tornar Ceará-Mirim, um polo industrial”, afirmou Petros.
O empresário atende as demandas da Guararapes e também trabalha com marca própria, para 2016 também pretende expandir para atender a Hering.
Desenvolvimento do RN
O Mais RN, programa de desenvolvimento estratégico do Rio Grande do Norte, capitaneado pela Fiern destaca o papel da indústria têxtil para o crescimento do Estado nos próximos 20 anos. O cenário previsto para 2035 é de um setor têxtil, “mais produtivo, formal e adensado à jusante”.
O programa prevê que o Pró-Sertão atinja a meta de 37,95 milhões de peça por ano até 2030, o que irá permitir a implantação de polos industriais, expandir mercados e implantar centros tecnológicos e de qualificação para o setor.
Ainda no eixo de ações prioritárias, o Mais RN prevê participação do setor produtivo, universidades, Governo, Sistema S e do programa “Investe RN”, entre as principais ações estão: realizar estudos de mercado; estimular investimentos para criação de marcas fortes; implantar parque tecnológico de confecções; incentivar criação de polos industriais e capacitação permanente.
Fonte: Portal Noar
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