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sexta-feira, novembro 27, 2015

Deputados estaduais cobram dos federais pressão sobre Dilma contra seca

Deputados têm discutido matéria com o governador Robinson Faria.Um movimento de parlamentares no Palácio José Augusto tem ganhado corpo e pretende pressionar a bancada federal do Rio Grande do Norte para que sejam adotadas medidas efetivas no
combate à seca.

O discurso dos parlamentares sugere até que a bancada federal afine o discurso com outros parlamentares dos estados atingidos pela estiagem. A ideia é que a bancada do Nordeste, unida, pressione a presidente Dilma. Há sugestão até para o trancamento da pauta no Congresso, até a adoção de medidas efetivas.

“Eu defendo que seja feito isso. É um absursdo o que está acontecendo no Rio Grande do Norte e em outros estados da região que sofrem com essa seca”, bradou Tomba Farias (PSB).

Ele acrescentou, inclusive, que tem orientado prefeitos a negar apoio político a deputados federais ou senadores que não tenham compromisso com essa causa. “Os efeitos da seca são graves. Aliados à crise econômica que temos, e mais um ano previsto sem chuvas, só nos resta agir com o que temos. Mas muito pouco, muito pouco tem sido feito”, reclamou Tomba.

Quem também critica a articulação da bancada federal é o deputado estadual Gustavo Fernandes (PMDB). Nessa quinta-feira, em pronunciamento na Assembleia Legislativa, ele pediu para que os colegas com representação em Brasília tenham mais agilidade na matéria.

“A bancada do Rio Grande do Norte está pouco articulada neste sentido. É preciso se reunir mais, discutir mais, se unir com as outras bancadas do Nordeste e pressionar o governo a tomar uma atitude. Se necessário, a bancada nordestina tem força para travar a pauta do Congresso. Uma ação como essa mostraria ao Planalto qual é a prioridade dos estados. Temos que pressionar”, analisou o peemedebista.

Ao portalnoar.com, Getúlio Rêgo (DEM) também opinou sobre o assunto. Lembrou que a bancada federal do Nordeste não tem poder para decidir sobre o assunto. Por outro lado, comentou que sua influência pode ser decisiva para o assunto.

“Tenho que concordar que a somação dos deputados dos estados atingidos pela seca pode produzir resultados. A bancada federal tem a disposição, mas não assina o cheque. A força congressual, por outro lado, é importante na medida em que o Executivo teria que dar respostas efetivas”, analisou o democrata.

A reportagem procura representantes da bancada federal para repercutir o assunto.

Emendas

Enquanto o debate se desenvolve, parlamentares estaduais concluíram que devem reservar valores das emendas a que tem direito no orçamento do Estado para o combate à seca. A ideia é que cada um destine R$ 600 mil dos R$ 1,8 milhão a que tem direito.

O deputado Ricardo Motta (PROS) sugeriu que os parlamentares destinassem o máximo de emendas para as obras de recursos hídricos para minimizar os efeitos da seca. “Somando os valores daria algo em torno de R$14 milhões a R$ 15 milhões exclusivamente para perfuração de poços, dessalinizadores e contratação de carros-pipas”, disse o deputado.

George Soares disse que vai destinar R$ 400 mil para recursos hídricos com um objetivo claro de recuperação do Canal do Pataxó. “Com a recuperação teremos um inverno regular para manter a margem da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves”, disse George.

Fonte:Portal Noar

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