Presidente do comitê organizador da Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, Franz Beckenbauer negou veementemente neste sábado que tenha participado de
compra de votos na eleição em que seu país foi escolhido para receber o evento.
"A acusação é falsa. Não tínhamos nenhum dinheiro definitivamente", afirmou o lendário jogador alemão em entrevista ao diário Süddeutsche Zeitung.
O 'Kaiser', porém, não esclareceu os principais pontos obscuros do caso revelado há um mês pela revista Der Spiegel, como a origem e o destino dos 6,7 milhões de euros pagos à Fifa além de um documento assinado por ele mesmo que poderia constituir um delito de tentativa de suborno.
Em sua primeira entrevista desde que as acusações vieram à tona, Beckenbauer garantiu que ele e sua equipe se limitaram a promover a candidatura e tratar de convencer o maior número de pessoas possíveis por vias legais.
O ex-jogador do Bayern de Munique não fugiu da responsabilidade e disse que ele era o cabeça da organização, mas que não decidia pessoalmente a maioria das questões técnicas e administrativas, ficando a cargo de Robert Schwan.
"Sabe tudo o que assinei? Milhares de cartas, de declarações, de acordos. Sempre assinei tudo, inclusive cheguei a assinar em branco", admitiu.
Sobre os 6,7 milhões de euros pagos à Fifa, Beckenbauer disse só se lembrar que a federação assim solicitou, apesar de que ter sido "estranho". "Foi nosso erro, não perguntar por que", falou o campeão mundial.
Já questionado quanto ao acordo assinado com a Concacaf seis dias depois de a Alemanha ter sido escolhida como sede da Copa de 2006, o lendário 'Kaiser' respondeu: "Quando confio em alguém, assino tudo. Em branco. Sempre assino".
Fonte: ESPN
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