A notícia da morte do brasileiro John Kennedy Santos Gurjão, de 24 anos, supostamente por ingestão de 800 gramas de cocaína divididos em 80 sacos, chocou a família do jovem
no Amapá, nesta terça-feira (20). Ele morreu no domingo (18) após ter convulsões e morder um passageiro em um voo entre Lisboa e Dublin.A tia de John Kennedy, Lourdes Gurjão, falou por telefone que o sobrinho nunca apresentou comportamento que indicasse o uso ou o envolvimento com drogas.
Segundo a imprensa irlandesa, a informação da autópsia feita pela polícia atestou que John Kennedy ingeriu a droga. Um dos sacos com cocaína teria arrebentado e ele teria passado mal, informou o jornal irlandês "Irish Times".
Uma portuguesa que também estava no voo foi presa com anfetamina dentro da mala que transportava. Não foi informado se os dois se conheciam.
John Kennedy é natural da cidade de Calçoene, ao Norte do Amapá. Segundo a tia dele, ele era órfão de pai e mãe e havia deixado a cidade natal há cerca de um ano dizendo aos familiares que estaria morando em Macapá, capital do estado.
"Nunca imaginei e nem ouvimos falar, ele sempre andou por aqui, pela capital, e nós mesmos nunca suspeitamos de nada. Meu Deus, o que é isso? Estamos sabendo dessas informações apenas pelos jornais", disse, chocada, a tia que mora em Calçoene. Segundo ela, o jovem era é o segundo mais novo entre oito irmãos.
De acordo com os familiares, o amapaense sempre teve postura tranquila e independente desde a infância, não tendo passagens pela polícia. O jovem perdeu os pais ainda criança, vítimas de câncer, e foi criado por parentes.
John Kennedy estudou até o ensino fundamental em Calçoene e chegou a trabalhar como auxiliar de serviços gerais no hospital da cidade por cerca de um ano, conforme Lourdes. Após deixar o emprego, ele teria decidido ir para Macapá.
Traslado do corpo
Após a notícia da morte, a família disse não ter condições financeiras para trazer o corpo de Dublin para o Brasil. "Estamos desesperados aqui, dinheiro mesmo não temos para trazer o corpo. Vou reunir com os irmãos dele, entrar em contato com o governo federal e pedir uma ajuda para dar um jeito ou alguém intervir", falou Lourdes.
Fonte: G1
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