A seca que atinge dezenas de municípios do Rio Grande do Norte tem causado problemas para as pessoas que habitam essas regiões. Cerro Corá, distante cerca de 150
quilômetros da capital potiguar, é uma das cidades que enfrenta crise no sistema de abastecimento de água.Com o calor excessivo, o sertanejo precisa encontrar alternativas para sobreviver à escassez de recursos hídricos. O agricultor José Francisco da Silva, de 60 anos, destacou a dificuldade para resistir à seca e lamentou a falta de chuvas.
“A pouca chuva que caiu não deu para encher os açudes. Apesar da dificuldade, não tenho vontade de sair daqui”, contou da Silva com a simplicidade estampada no rosto desgastado pelo calor.
O mesmo discurso foi adotado por José Teixeira, de 80 anos, outro morador da região. “Tenho dois irmãos em Natal, mas só saio daqui para o cemitério”, falou em tom descontraído.
Teixeira revelou que há mais de três anos a chuva não chega com índices suficientes para abastecer os reservatórios naturais. “Até chove, mas não dá pra juntar água”, comentou.
Sem água, a alternativa é a plantação de capim para alimentar o gado que ainda resiste aos efeitos causados pelas altas temperaturas. “A gente planta o capim para alimentar os animais, mas ainda não é suficiente”, lamentou João Bosco Rodrigues, de 52 anos.
Abastecimento
Mesmo com a ausência de chuva, ainda é possível ver que alguns reservatórios não estão completamente secos. No entanto, o morador José Francisco da Silva destacou que as águas são de chuvas que caíram ainda em 2014. “Ainda tem um restinho de água de chuvas do ano passado”, explicou.
Com os problemas no sistema hídrico, militares da Marinha do Brasil são responsáveis pelo abastecimento das cisternas das residências das regiões mais afetadas pela seca. Além do apoio da instituição, o abastecimento também tem sido feito através do Governo do Rio Grande do Norte.
Fonte: Portal Noar
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