O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou nesta quinta-feira (1º) que os cinco policiais flagrados forjando um tiroteio no morro da Providência, no Rio, na última terça (29), serão
Um vídeo gravado por moradores mostra o momento em que um policial da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) –acompanhado por outros quatro- coloca uma pistola na mão de um jovem baleado e estirado no chão da favela, e dispara dois tiros em sequência.
Os cinco policiais estão presos preventivamente por fraude processual.
O adolescente Eduardo Felipe Santos Victor, 17, morreu no local.
"A única maneira que eu tenho de me desculpar com a população do Rio de Janeiro é colocando essas pessoas na rua. Não há outra medida a ser tomada a não ser colocá-los na rua, de maneira rápida. Estive no Comando Geral [da PM] e disse que quero que isso seja feito de maneira muito rápida porque cortar na carne nunca foi nosso problema. Essas pessoas não são dignas de participar de um programa que está salvando vidas", disse o secretário.
Beltrame afirmou que os policiais terão direito a defesa, mas enfatizou que "a flagrância das imagens é insustentável".
O secretário disse ainda que a atuação dos policias não representa a postura da corporação.
"Isso agride a todos nós. Mas ainda temos mais de 9.000 policiais em 39 comunidades. Atingimos mais de um milhão e meio de pessoas com as UPPs. Não serão quatro ou cinco bandidos travestidos de polícia que vão denegrir um projeto que tem resultados."
DEITADO E RENDIDO
O laudo feito no corpo de Victor, obtido pelo jornal "Extra", mostra que ele foi morto por um tiro, disparado a curta distância, quando já estava deitado, segundo especialistas ouvidos pela publicação.
De acordo com o laudo, diz o jornal, o corpo de Victor tinha escoriações, além de três costelas fraturadas.
Fonte: Folha de São Paulo
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