Dos dois processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impunham perda de direitos políticos à ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP), a corte federal a
inocentou em um e encaminhou absolvição em outro. No primeiro, Rosalba e a prefeita cassada e afastada de Mossoró Cláudia Regina (DEM) eram acusadas da promessa de perfuração de poço, em troca de votos na eleição de 2012, na comunidade Riacho Grande.
A relatora do recurso, ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, votou pela absolvição das duas e foi seguida por todos os ministros presentes ao plenário do TSE. A jurista argumentou que a visita de Rosalba à localidade, na campanha eleitoral de 2012, não teve potencialidade para alterar o resultado do pleito a favor de Cláudia Regina, que venceu aquela eleição por apenas 5.295 votos (3,93%).
No segundo processo, relativo ao suposto uso indevido do avião do Governo do Estado na campanha municipal passada, a mesma relatora Maria Thereza votou pela devolução dos direitos políticos de Rosalba Ciarlini. Entretanto, manteve a condenação de Cláudia Regina. Em seguida, ao invés de proferir seu voto, a ministra Luciana Lóssio preferiu pedir vista ao processo, a fim de aprofundar análise antes de se manifestar.
Com isso, o julgamento foi suspenso, com o placar de 1 x 0 pela absolvição de Rosalba e cassação de Cláudia Regina. O relatório de Maria Thereza Rocha de Assis Moura retoma a sentença inicial, da juíza Ana Clarisse Arruda, 34ª Zona Eleitoral, que determinava a cassação de Cláudia Regina e aplicação de multa a Rosalba.
O julgamento desse processo deverá ser recomeçado em duas semanas. É que o ministro Admar Gonzaga Neto, que substitui Henrique Neves (que não participa, porque alegou suspeição), não estará presente às sessões plenárias do TSE na próxima semana. Porém, terça-feira (3), há expectativa de que sejam julgados, em caráter final, os outros dez processos referentes à eleição à Prefeitura de Mossoró de 2012.
‘Quero que seja feito justiça’, diz ex-governadora
O resultado do julgamento de ontem, no TSE, embora ainda não conclusivo, revela tendência de devolução dos direitos políticos à ex-prefeita de Mossoró e ex-governadora Rosalba Ciarlini. A não ser que haja reviravolta, e a maioria dos demais ministros discorde do voto da relatora Maria Thereza Rocha de Assis Moura.
Como especialistas consideram pouco provável que isso aconteça, o ambiente político começa a ficar favorável a Rosalba Ciarlini, e, com isso, ganha força o projeto da candidatura dela em 2016 à Prefeitura de Mossoró, para onde já venceu três eleições (1988, 1996 e 2000). Em 2006, foi eleita ao Senado e, em 2010, ao Governo do Estado.
Instantes após o julgamento, em entrevista ao Portal no Ar, com sede em Natal, Rosalba declarou: "Quero que seja feito justiça. É uma história de vida. Fui prefeita, governadora, senadora e sempre primei pela correção e, de repente, me deparo com uma situação dessas".
Sobre o projeto de disputar a Prefeitura de Mossoró, não escondeu o desejo de recuperar a elegibilidade e se habilitar à disputa do Palácio da Resistência. "É uma caminhada dura. A luta sempre é grande. Mas estou muito otimista. Tudo no seu tempo será esclarecido", comentou a ex-governadora.
Fonte: O Mossoroense
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