A Procuradoria mexicana anunciou a detenção de seis pessoas que ajudaram o poderoso chefão do tráfico Joaquín "Chapo" Guzmán a fugir da prisão. Entre eles estão um
dos pilotos que o levaram para o noroeste do país e o cunhado do traficante, que supervisionou a construção do túnel pelo qual Guzmán escapou.
"Foi detido um dos pilotos da organização criminosa liderada por Guzmán e que, além das ações próprias da fuga, havia traficado drogas via aérea", disse à imprensa a procuradora-geral da República, Arely Gómez, relatando ainda a detenção do cunhado do narcotraficante.
A procuradora não informou os nomes dos detidos.
Arely rinformou que na noite de 11 de julho, quando ocorreu a fuga, Guzmán Loera viajou por terra com seus cúmplices até uma pista no povoado de San Juan del Río, 145 km de distância da prisão, onde o aguardavam dois aviões Cessna.
Os dois pilotos (o primeiro detido há uma semana) e o cunhado do traficante levaram Guzmán até um local onde ele ficou escondido, precisou Arely Gómez.
Forças da Marinha têm realizado nas últimas semanas uma vasta operação de busca nas montanhas do chamado Triângulo Dourado, no noroeste do país, onde no início de outubro Guzmán quase foi recapturado.
De acordo com a Agência de Combate às Drogas (DEA) dos Estados Unidos, o traficante estaria agora em uma zona montanhosa de Sinaloa, onde goza de apoio da população local.
O cunhado de Guzmán foi o encarregado de "organizar e supervisionar" a construção do túnel pelo qual o traficante fugiu da prisão de segurança máxima, destacou a procuradora.
Um outro detido foi chamado pela procuradora de o principal "operador" da fuga, que com o apoio do advogado de Guzmán fez a ligação entre as pessoas que construíram o túnel e quem o pagou.
Também foi preso o responsável pela supervisão da obra, que já "coordenou a construção de outros túneis na fronteira com os Estados Unidos", segundo a procuradora.
Chapo, considerado o narcotraficante mais procurado do mundo, fugiu da prisão de Almoloya, 90 km da capital mexicana, por um buraco no banheiro de sua cela que dava acesso a um túnel de 1,5 km construído por seus cúmplices.
A fuga em julho foi um duro golpe para o governo do presidente Enrique Peña Nieto, que determinou as detenções do diretor da prisão, da diretora do serviço penitenciário federal e de outros 12 funcionários suspeitos de ajudar Guzmán.
Em setembro, o México emitiu uma ordem de detenção com objetivo de extradição aos EUA. A captura de Guzmán vale uma recompensa de US$ 3,8 milhões.
Fonte: G1
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