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quinta-feira, outubro 01, 2015

PF deflagra nova fase de operação que investiga Pimentel e faz busca na CBF

http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_1310536756702365.jpgA Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (1º), a terceira fase da Operação Acrônimo, que investiga o governador de Minas Gerais
Fernando Pimentel (PT), a primeira-dama Carolina Oliveira e o empresário Benedito Rodrigues, conhecido como Bené.

Entre os alvos estão a casa do presidente da Cemig, Mauro Borges –onde foram recolhidas mídias eletrônicas como tablets, notebooks e telefones celulares–, na capital mineira. Assim como Pimentel, Borges é ex-ministro do Desenvolvimento. Ele assumiu a pasta em 2014, no último ano do primeiro mandato de Dilma Rousseff.

A operação Acrônimo apura irregularidades no financiamento e na prestação de contas da campanha de Pimentel para o governo mineiro, em 2014.

Bené, um empresário ligado a campanhas do PT, é o pivô da operação. No ano passado, foram encontrados R$ 113 mil em dinheiro vivo dentro de um avião turboélice que transportava o empresário, o que motivou as investigações da PF. A aeronave apreendida pertence a suas empresas.

Entre os demais alvos da fase deflagrada nesta quinta estão a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, e as sedes das empresas Marfrig, Pão de Açúcar (que é controlado pelo grupo Casino) e Odebrecht Ambiental, em São Paulo.

Na CBF, o alvo foi o contrato assinado com a MR Consultoria. A empresa pertence ao jornalista Mário Rosa, que é investigado na Operação Acrônimo, e foi contratada no final do primeiro semestre para dar consultoria ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, logo após José Maria Marin ter sido preso na Suíça.

Um delegado e três agentes da PF foram à sede da CBF para obter cópias do contrato.

PRIMEIRA-DAMA

A MR é investigada pela polícia por ter pago cerca de R$ 2 milhões para a Oli Comunicação, empresa pertencente à primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira. O valor é metade o faturamento da empresa dela, de 2012 a 2014. Rosa atuou como consultor informal na campanha de Pimentel.

A PF aponta os grupos Marfrig e Casino (controlador do Pão de Açúcar) como autores de repasses de R$ 595 mil e R$ 362,8 mil, respectivamente, para Carolina. Em junho, a empresa de Mário foi alvo de busca e apreensão em Brasília.

A Oli Comunicação recebeu pagamentos milionários de empresas que firmaram contratos com o BNDES, segundo a Polícia Federal.

Parte dos repasses ocorreu entre 2012 e 2014, período em que Pimentel era ministro do Desenvolvimento, pasta à qual o BNDES é vinculado.

Ao todo, a PF cumpre 40 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, São Paulo, Rio e Brasília. Não houve mandados de prisão.

OUTRO LADO

Nesta quinta, o advogado Pierpaolo Bottini, que defende Pimentel, informou que até o momento não sabe as razões das buscas, mas que tomará as medidas necessárias assim que souber o motivo da operação. O governador sempre negou irregularidades.

Procurada, a assessoria de imprensa da CBF disse que, por enquanto, não vai se pronunciar oficialmente.

De acordo com Marcelo Leonardo, que representa Mauro Borges, seu cliente prestou depoimento na sede da Polícia Federal de Belo Horizonte.

Procurada, a assessoria de imprensa do Grupo Casino informou que as informações requeridas pela PF já haviam sido entregues voluntariamente às autoridades. Reitera que o Casino "jamais contratou Carolina Pimentel ou qualquer de suas empresas".

A Odebrecht Ambiental disse ter prestado todas as informações solicitadas e que permanece à disposição.

Fonte: Folha de São Paulo

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