A divergência começou há cerca de 15 dias e é por causa de uma loja
oficial na arena, em Itaquera, que deveria ter sido inaugurada no começo deste mês.
Por contrato, a Nike é dona da loja, mas chamou a SPR, quem administra as franquias da rede Poderoso Timão, para fazer a operação do novo ponto de vendas.
Acontece, no entanto, que não há acordo da diretoria em relação a essa parceria. O presidente Roberto de Andrade, do Corinthians, trava desde o início da sua gestão uma guerra para acabar com o vínculo da SPR com o clube.
O motivo, segundo apuração da reportagem, é uma questão considerada pessoal por todas as partes envolvidas.
Internamente, o atual mandatário se queixa de que o ex-vice-presidente Luiz Paulo Rosenberg, seu desafeto, tem relação com a companhia, bem como outros dirigentes que passaram pelo Parque São Jorge recentemente, e por isso não quer mais que a parceria continue –há também argumentos comerciais, de que o Corinthians não está ganhando o quanto poderia com as franquias da Poderoso Timão.
Porém, a Nike argumenta que já fez o contrato com a SPR, que também investiu para a reforma na loja, e portanto não tem como romper nessa altura do campeonato.
Sem achar uma solução, a empresa americana já chegou a dizer em reuniões que o único jeito de resolver o problema seria entrar com uma ação na Justiça, o que não está descartado neste momento.
A SPR, segundo informações obtidas pela Folha, ofereceu vender a sua parte, o que o Corinthians chegou a aceitar, mas pediu também para ter a parte restante, que é de propriedade do mesmo franqueado que cuida da loja Poderoso Timão do shopping Itaquera.
A divergência já chegou ao conhecimento do número um da Nike no Brasil, acionado para tentar resolver o problema.
Procurado, Luiz Paulo Rosenberg não atendeu às ligações da reportagem.
O presidente do Corinthians também não respondeu à Folha. Dirigentes corintianos não quiseram dar entrevista, mas confirmaram o conflito.
A Nike, por sua vez, afirmou que não divulga informações de contratos respeitados por cláusulas de confidencialidade.
Procurada, a SPR afirmou que não vai comentar.
Fonte: Folha de São Paulo
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