O presidente da França, François Hollande, afirmou neste domingo (4) que as inundações que afetaram ontem à noite o sudeste da França provocaram 16 mortes, e
que três pessoas permanecem desaparecidas, e assegurou que a região será declarada em estado de "catástrofe natural".
Hollande teve um encontro com jornalistas durante sua visita ao município de Biot, ao norte de Antibes, onde três pessoas morreram em uma residência para idosos que foi inundada pela cheia do rio que passa pela cidade.
As autoridades têm "poucas esperanças" de encontrar os desaparecidos com vida, já que se encontravam em subterrâneos de difícil acesso.
Hollande viajou acompanhado do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, com quem deve visitar as cidades mais atingidas e sobrevoar a região de helicóptero.
O presidente assinalou que as indenizações às vítimas serão pagas em um prazo de três meses e que será criado um fundo de compensação aos municípios mais prejudicados.
Também disse que criará uma verba de financiamento dedicada aos comerciantes afetados para que possam reabrir o mais rápido possível seus negócios.
Apesar de não se estarem previstas novas chuvas, Hollande pediu prudência à população, já que muitas ruas e estradas do departamento dos Alpes Marítimos permanecem bloqueadas.
O presidente assinalou que a importância do drama responde "à intensidade das chuvas".
Segundo os serviços meteorológicos, em menos de três horas caíram quase 200 litros por metro quadrado, o equivalente a 10 % do total de chuvas nesta região do litoral francês em um ano.
A região mais afetada é entre Nice, ao leste, e Mandalieu-a-Napoule, a oeste. Os serviços meteorológicos tinham alertado para as fortes precipitações, mas assinalaram que não podiam antecipar sua "amplitude inédita", em que foram registrados recordes históricos de chuvas.
O tráfego foi reestabelecido nos principais eixos de estradas do departamento, mas os trens permanecem parados e não devem voltar a circular hoje.
Cerca de 29 mil famílias permanecem sem eletricidade pelos danos causados pelas inundações.
Fonte: G1
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