O ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho cravou seu nome na história do futebol brasileiro. Mas não foi por um bom motivo. Ele se tornou o pivô da chamada Máfia do Apito, um esquema de manipulação
de resultados que afetou 11 partidas no Campeonato Brasileiro de 2005. Após ser descoberto, o juiz foi banido do futebol e os jogos precisaram ser disputados novamente.
A participação na Máfia do Apito manchou a vida de Edilson Pereira de Carvalho, que, em entrevista à rádio Bradesco Esportes FM Rio, admitiu ter tentado o suicídio.
"O sentimento de hoje em dia na minha vida é de tristeza, infelizmente. Eu me arrependo muito por tudo aquilo. Várias vezes já pensei em fazer uma besteira grande. Tenho um revólver e já tentei me matar", afirmou o ex-árbitro, que diz ser reconhecido nas ruas.
"Eu ando pelas ruas e as pessoas ficam me olhando, mas graças a Deus nunca fui ofendido pessoalmente", disse.
Além dele, apenas o árbitro Paulo José Danelon foi considerado culpado no caso e também acabou banido. Mas Edilson Pereira de Carvalho ainda lamenta a impunidade relacionada à Máfia do Apito.
"Os nove jogos manipulados caíram só sobre as minhas costas, mas não agi sozinho", garantiu.
Críticas aos árbitros de hoje
Assim como boa parte dos jogadores, dirigentes e imprensa, Edilson Pereira de Carvalho também critica o nível das arbitragens do Campeonato Brasileiro. Segundo o ex-juiz, o Brasileirão está manchado.
"A arbitragem atual sujou o Campeonato Brasileiro de 2015. A arbitragem está tão ridícula que, se forem punir os árbitros ruins, vocês da rádio terão que apitar os jogos", atacou.
E as críticas se estenderam ao presidente da Comissão de Arbitragem. De acordo com Edilson, Sérgio Corrêa era um árbitro ruim enquanto apitava.
"Sérgio Corrêa apitava jogos de 4° e 5° divisão e saía de camburão em todos os jogos", garantiu.
Fonte: Band
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