Em assembleias realizadas na manhã de ontem, os professores e técnicos-administrativos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) rejeitaram a proposta enviada pelo Governo
do Estado e decidiram manter a paralisação. A greve dos servidores já dura 137 dias, a mais longa da história da Universidade.
Para os servidores, o documento encaminhado pelo governo rompe com a isonomia, por não contemplar os aposentados, além de não cumprir o Plano de Cargos e Salários (PCS) da categoria. Na assembleia, docentes ainda aprovaram uma contraproposta elaborada pelo comando de greve.
A contraproposta discute a forma de implementação do auxílio proposto pelo Governo, exigindo prazos para o cumprimento das proposições. O comando se reúne na sede da Associação dos Docentes da Uern (Aduern) para organizar o documento que será enviado ao Executivo Estadual.
Paralelo a realização da assembleia, o Governo do Estado protocolou a judicialização da greve dos servidores da Uern. "Fomos informados ainda durante a assembleia que o Governo judicializou a negociação. Acreditamos que esta decisão já havia sido tomada pelo Governo quando a proposta foi enviada, no sábado", avaliam os representantes da Aduern.
Os grevistas disseram que se manterão firmes na mobilização, apesar da decisão do governo, e buscarão estabelecer a negociação com o Governo a partir do que foi deliberado na assembleia.
Ainda na tarde de ontem, a diretoria do Sindicato dos Técnicos-Administrativos da Uern (Sintauern) recebeu informações da assessoria jurídica da entidade que o desembargador Cornélio Alves decidiu por, antes de analisar o pedido de tutela antecipada para a decretação da ilegalidade ou não da greve da Uern, designar audiência de tentativa de conciliação entre as partes.
A audiência de conciliação entre servidores e governo está agendada para o próximo dia 16, às 9h, na sede do Tribunal de Justiça em Natal.
Fonte: O Mossoroense
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