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quinta-feira, outubro 15, 2015

Bicudo, Reale Jr., PSDB e movimentos fazem novo pedido de impeachment

SAO PAULO, SP, BRASIL, 15-10-2015, 11h20: Assinatura do pedido de impeachment da presidente Dilma pelos juristas Helio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaina Conceicao Paschoal, representados pelo advogado Flavio Henrique Costa Pereira, que tem como anuentes os Movimentos Brasil Livre, Contra a Corrupcao e Vem Pra Rua. O pedido foi protocolado no 4º Cartorio de Notas, na Avenida Estados Unidos, 455. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, PODER) Os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e os líderes de movimentos pró-impeachment Rogerio Chequer, Kim Kataguiri e
Marcello Reis registraram em cartório nesta quinta-feira (15) mais um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O pedido, registrado em um cartório em São Paulo, deve ser protocolado na Câmara nesta sexta (16), para que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o aprecie.

Segundo Sampaio, o pedido reúne argumentos que estão no aditamento ao pedido original de Bicudo, sobre as pedaladas fiscais de 2014, e também informações prestadas pelo Ministério Público de Contas, junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), sobre a continuidade das pedaladas em 2015.

Investigado na Operação Lava Jato —o Ministério Público da Suíça revelou que o peemedebista possui ao menos quatro contas naquele país —, ele negocia com o governo a salvação de seu mandato parlamentar em troca de não deixar prosperarem os pedidos de impedimento de Dilma.

Ao comentar a movimentação, Reale Jr. afirmou que o acordo "não enfraquece o pedido de impeachment, enfraquece o país, enfraquece o sentimento de moralidade". Bicudo disse que "a pessoa física [Eduardo Cunha] é que está sofrendo o processo, não o presidente da Câmara", o que não enfraquece, segundo ele, as decisões tomadas por ele no cargo.

"A movimentação foi do governo", disse Sampaio, sobre as decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), a partir de ações de deputados governistas, que suspenderam o rito de impeachment definido inicialmente pelo presidente da Câmara –retirando a possibilidade de recurso do plenário em caso de negativa do peemedebista. "Quem demonstrou medo da base aliada foi a Dilma." De acordo com o tucano, o governo tem mais interesse em negociar com Cunha do que o contrário.

Sampaio disse ainda que o pedido de cassação de Cunha não será assinado pelo PSDB porque o PSOL, autor do pedido, é "linha auxiliar do PT". O tucano ressaltou ainda que o novo pedido de impeachment tem todos os elementos para ser aceito por Cunha.

Fonte: Folha de São Paulo

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