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domingo, setembro 20, 2015

Volta da CPMF aumentará custo de vida e terá efeito no consumo dos brasileiros

Passou de R$ 2,583 trilhões para R$ 2,603 trilhões (Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)Com a crise financeira que assola o Brasil, o Governo Federal anunciou um pacote para aumentar a arrecadação da União. Entre as medidas previstas, a mais comentada é a volta da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O imposto incidiria sobre todas as transações bancárias, impactando o bolso de boa parte dos brasileiros.

O professor de Economia da UNP, Janduir Nobrega, comentou que a volta da CPMF aumentaria o custo de vida do trabalhador, que sofre com os índices de inflação e com o fantasma do desemprego.

“O brasileiro vai ter menos dinheiro para gastar, porque o salário vai ser corrido pela inflação, impostos e mais esse novo imposto”, disse.

Com a CPMF ocorrendo nas transações bancárias, o imposto contribuirá no aumento dos preços finais para o consumidor, sendo um efeito cascata.  O professor avaliou que o valor que estimado pelo Governo Federal, de 0,38%, não é alto, o que vai variar o montante são as movimentações de entrada e saída de dinheiro.

“A porcentagem é muito menor que as tarifas que os bancos cobram atualmente para abrir uma conta ou mantê-la. A quantidade do imposto cobrado depende da movimentação financeira”, falou Janduir Nóbrega. A volta do imposto pode inibir o brasileiro de fazer o dinheiro circular, pensando duas vezes antes de realizar compras e transferências.

Além disso, os efeitos da CPMF vão impactar a produção de itens manufaturados, por exemplo, que passam por várias etapas de produção até chegar ao consumidor final. Com isso, o preço será aumentado sucessivas vezes.

Histórico

A CPMF vigorou no pais entre os anos de 1997 e 2007, no qual a alíquota inicial era de 0,25% e passou para 0,38%. Na época, o imposto foi criado para sanar a falta de recursos para a saúde, no qual teve uma arrecadação de R$ 222 bilhões.

Segundo o jornal Valor Econômico, governadores se manifestaram dizendo que aceitam negociar no Congresso a volta da CPMF e sua elevação a 0,38% para que a arrecadação seja compartilhada com estados e municípios. A volta da CPMF, segundo os cálculos divulgados pelo governo, vai ser responsável por arrecadar prevista em R$ 32 bilhões.

Fonte: Portal Noar

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