Com a crise financeira que assola o Brasil, o Governo Federal anunciou um pacote para aumentar a arrecadação da União. Entre as medidas previstas, a mais comentada é a volta da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O imposto incidiria sobre todas as transações bancárias, impactando o bolso de boa parte dos brasileiros.
O professor de Economia da UNP, Janduir Nobrega, comentou que a volta da CPMF aumentaria o custo de vida do trabalhador, que sofre com os índices de inflação e com o fantasma do desemprego.
“O brasileiro vai ter menos dinheiro para gastar, porque o salário vai ser corrido pela inflação, impostos e mais esse novo imposto”, disse.
Com a CPMF ocorrendo nas transações bancárias, o imposto contribuirá no aumento dos preços finais para o consumidor, sendo um efeito cascata. O professor avaliou que o valor que estimado pelo Governo Federal, de 0,38%, não é alto, o que vai variar o montante são as movimentações de entrada e saída de dinheiro.
“A porcentagem é muito menor que as tarifas que os bancos cobram atualmente para abrir uma conta ou mantê-la. A quantidade do imposto cobrado depende da movimentação financeira”, falou Janduir Nóbrega. A volta do imposto pode inibir o brasileiro de fazer o dinheiro circular, pensando duas vezes antes de realizar compras e transferências.
Além disso, os efeitos da CPMF vão impactar a produção de itens manufaturados, por exemplo, que passam por várias etapas de produção até chegar ao consumidor final. Com isso, o preço será aumentado sucessivas vezes.
Histórico
A CPMF vigorou no pais entre os anos de 1997 e 2007, no qual a alíquota inicial era de 0,25% e passou para 0,38%. Na época, o imposto foi criado para sanar a falta de recursos para a saúde, no qual teve uma arrecadação de R$ 222 bilhões.
Segundo o jornal Valor Econômico, governadores se manifestaram dizendo que aceitam negociar no Congresso a volta da CPMF e sua elevação a 0,38% para que a arrecadação seja compartilhada com estados e municípios. A volta da CPMF, segundo os cálculos divulgados pelo governo, vai ser responsável por arrecadar prevista em R$ 32 bilhões.
Fonte: Portal Noar
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