Uma simulação de assalto feita por seis adolescentes com idades entre 14 e 16 anos virou caso de polícia nesta segunda-feira (28), em Divinópolis. De acordo com a Polícia
Militar (PM), eles entraram em uma papelaria no Bairro Nações usando armas de brinquedo e com os rostos cobertos por toucas. Tudo havia sido combinado com a dona do estabelecimento. A ação estava sendo gravada e as imagens seriam usadas em um trabalho escolar. Mas, um vizinho pensou que fosse um assalto de verdade e chamou a polícia.
Procurados, os pais dos estudantes e a direção da Estadual Antônio de Castro Pereira, no Bairro Nações, não quiseram comentar o caso.
O funcionário público Marcos Rodrigues viu alguns momentos do falso crime e conta que levou um susto. "Eu não sabia de nada. A gente não espera sair na porta de casa, ver uma cena de assalto, achar que é simulação e não chamar a polícia", comentou.
Os militares que estiveram na papelaria chegaram a acreditar que havia sido um crime verdadeiro. Quando ouviram a versão sobre a simulação, esperaram no local até a chegada da diretora da escola e dos pais dos estudantes.
A direção da escola explicou que o filme estava sendo produzido para a disciplina de Língua Portuguesa e o tema proposto era livre. A direção também afirmou que os estudantes não informaram que fariam gravações externas, muito menos que simulariam um crime. "Essa iniciativa partiu dos alunos. Chamou atenção da sociedade pela forma como foi feita. Alguns moradores do entorno acharam que fosse um assalto real devido aos objetos usados pelos garotos", contou o cabo Pedro Firmino, da PM.
Após as explicações, o policial militar, a diretora e os pais dos alunos se reuniram a portas fechadas. Eles conversaram sobre o perigo de um trabalho escolar que proponha a simulação de um crime. Segundo as orientações da PM, uma interpretação errada sobre o fato poderia ter rendido um final pior ao caso.
"É importante que os pais acompanhem realmente as atividades extraescolares feitas pelos filhos. Se houver a necessidade de fazer algum procedimento parecido, deve-se comunicar às autoridades competentes para que esse engano não volte a acontecer, porque ele coloca em risco a integridade física das pessoas envolvidas e de terceiros que utilizam a via pública", finalizou Firmino.
Fonte: G1
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