Os efeitos da crise financeira que fragilizou a economia brasileira deverão ser sentidos no Rio Grande do Norte até 2020. Em quatro cenários considerados pelo Governo
do Estado, a produção de riqueza do Rio Grande do Norte, medida no Produto Interno Bruto (PIB), só vai deslanchar no início da próxima década. Até lá, o RN atravessará recessão econômica.
Em todos os cenários desenhados, 2015 será um ano de perdas, restando só quantificá-las. Os dados constam no Plano Plurianual, documento que norteia a política fiscal, social e econômica dos próximos quatro anos e que foi enviado recentemente à Assembleia Legislativa, onde será discutido, emendado e votado pelos deputados.
Para chegar às projeções, o governo considerou dados do Banco Mundial, da Secretaria do Tesouro Nacional, do Banco Central e outras instituições semelhantes. De saída, o documento anuncia: “Para 2015, é esperado que a atividade econômica do Rio Grande do Norte acompanhe o ritmo nacional: declínio da atividade industrial, do comércio e dos serviços; redução do comércio exterior e aumento do desemprego; redução na arrecadação estadual e nas transferências federais; redução da capacidade de investimentos; e deterioração da confiança empresarial no setor industrial”.
Para desenhar os quatro cenários apresentados no PPA, os técnicos que elaboraram o PPA consideraram 18 variáveis econômicas, políticas, sociais e fiscais. Depois disso, nominaram da seguinte forma as projeções, em nível decrescente de otimismo, onde o primeiro cenário é o mais favorável: “Pacto pelo crescimento sustentável”; “Peda de Oportunidades”; “Luta pela Sobrevivência” e “Insolvência Pública e Empobrecimento”.
Cenários
Nos dois cenários de prosperidade para o Rio Grande do Norte (Pacto pelo Desenvolvimento Sustentável e Luta pela Sobrevivência), o Estado sofre uma recessão em 2015 e, retoma o crescimento acima da média nacional, aumentando a participação no PIB do Brasil e do Nordeste, com 7% de participação;
Já nos dois cenários desfavoráveis para o Rio Grande do Norte (Perda de Oportunidades e Insolvência e Empobrecimento), também há recessão em 2015, mas a retomada de crescimento segue abaixo da média nacional. Quanto à participação no PIB regional, há uma trajetória de queda na participação até atingir o nível de 2010.
Além das perdas dadas como certas em 2015, todos os cenários guardam também um ponto em comum com 2020. Nas duas variáveis negativas, o Estado volta nesse ano o ritmo de crescimento. Já nos cenários positivos, 2020 aparece como o ano a partir do qual o crescimento ensaiado nos anos anteriores se consolida, conforme a tabela abaixo:
O que é o PPA
O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento constitucional destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os objetivos do Estado. É o terceiro elemento orçamentário e fiscal que norteia o governo, sendo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Anual Orçamentárias (LOA) os outros dois.
Por meio do PPA, é declarado o conjunto das políticas públicas do governo para um período de quatro anos e os caminhos trilhados para viabilizar as metas previstas, que são esmiúçadas na LOA.
O PPA orienta o poder público e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos do Estado. Ele apresenta a visão de futuro com macrodesafios e valores que guiam o comportamento para o conjunto da administração pública.
Por meio dele o governo declara e organiza sua atuação, a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também, que a sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.
Com informações do Ministério do Planejamento.
Fonte: Portal Noar
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