Centenas de refugiados romperam o cerco policial croata e entraram no país vindos da Sérvia, andando em meio a plantações e linhas de trens. Desde o aumento da repressão a estrangeiros na
Hungria, o país tem se tornado a principal rota de entrada na União Europeia.
O ministro do Interior da Croácia afirmou nesta quinta (17) que o país não tem capacidade para receber novas levas de refugiados e que aqueles que não solicitarem asilo serão tratados como imigrantes ilegais.
A restrição é uma tentativa de desencorajar os refugiados a usarem o país como rota em direção a países mais ricos da União Europeia (UE).
Mais de 6.500 pessoas entraram no país via Sérvia nas últimas 24 horas, segundo o governo, após a entrada em vigor na Hungria de uma nova legislação que criminaliza aqueles que entram sem autorização o país ou danificam a cerca de arame farpado que protege a fronteira.
Na última quarta, houve confronto entre uma multidão de refugiados e a polícia húngara nas proximidades do principal posto da fronteira com a Sérvia, entre Hogos e Roszke.
Já nas proximidades da cidade de Tovarnik, na Croácia, perto da fronteira, os refugiados encontraram bloqueios de forças policiais que tentavam impedir que eles prosseguissem seu caminho, muitos dos quais pretendem chegar à Alemanha.
A polícia também foi mobilizada na capital, Zagreb, para cercar um hotel que abrigava centenas de refugiados.
A Croácia não será capaz de receber mais pessoas", afirmou Ranko Ostojic, ministro do Interior do país, a jornalistas em Tovarnik.
"Quando dissemos que os corredores [para refugiados] estavam preparados, nos referíamos a um corridos de Tovarnik a Zagreb", disse, dando a entender que não deve permitir passivamente que os refugiados sigam em direção à fronteira com a Eslovênia —que reinstituiu os controles de fronteira, apesar de se encontrar dentro do espaço Schengen.
As autoridades também advertiram os estrangeiros a não andar fora de estradas demarcadas, já que o território ainda contém minas terrestres escondidas, da época da guerra de independência do Iugoslávia.
Fonte: Folha de São Paulo
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