O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) divulgou na tarde desta sexta-feira (18) imagens do prefeito afastado de Ielmo Marinho, Bruno Patriota de Medeiros, pagando propina a testemunha de
um processo administrativo que corre contra ele, na câmara do município localizado na região Metropolitana de Natal. O vídeo (veja acima) foi gravado pela testemunha, Luiz Carlos Bidu Medeiros, em cooperação com o MPRN. As gravações resultaram na operação 'Resistência', que afastou o prefeito do cargo, deflagrada na manhã de sexta.
Nas imagens é possível ver o momento em que o prefeito (de camisa azul) repassa um envelope a um correligionário, identificado pelo Ministério Público como Luiz Oliveira. O assessor conta o valor de R$ 10.100,00 e repassa à Luiz Carlos. Segundo o documento de acusação do MPRN, Luiz Oliveira ainda teria sugerido que a testemunha colocasse o dinheiro "nas cuecas".
De acordo com o Ministério Público, Luiz Carlos Bidu procurou a promotoria voluntariamente para relatar o oferecimento de propina a ele por parte do prefeito. Segundo o MPRN, o prefeito teria oferecido vantagens pecuniárias e facilidades em troca de uma retratação por parte de Luiz Carlos, em um processo movido pelos vereadores na câmara municipal, a partir de uma reclamação feita pelo mesmo. Após o relato, o Ministério Público deu início as investigações que resultaram na operação 'Resistência'.
As imagens
Segundo o Ministério Público, as imagens foram obtidas no dia 04 de setembro. A testemunha entrou em contato com o prefeito para aceitar a proposta e marcaram um encontro em um shopping da capital potiguar. No encontro, de acordo com o relato da promotoria, estariam presentes o próprio prefeito, Luiz Oliveira e um advogado Mário Gomes Teixeira.
O grupo se deslocou em direção a um escritório oculto da prefeitura de Ielmo Marinho que funcionava na capital potiguar, localizada no bairro de Lagoa Nova, na Zona Sul, onde o vídeo do pagamento foi gravado. Segundo o MP, Luiz Carlos assinou um documento redigido pelo advogado e gravou um áudio se retratando pela acusação. Ainda de acordo com o MP, o prefeito teria aumentado o valor acordado em R$ 100 para que a testemunha "pagasse o táxi" para casa.
Fonte: G1
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