Uma mulher que tentava entrar em uma agência da Caixa Econômica Federal em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (14), tirou as roupas
e ficou só de calcinha e sutiã após ser barrada pelo detector de metais da porta giratória. Após a confusão, gravada em vídeos publicados nas redes sociais, a cliente, que declarou ser hipertensa, passou mal.
A modelo Briza Canuto, que gravou a ação, identificou a mulher como "dona Conceição" e relatou que um dos seguranças a orientou a tirar a roupa depois que ela foi barrada na porta giratória. Ainda de acordo com a testemunha, o funcionário insinuou que a senhora poderia ter algo escondido nas partes íntimas. Em um dos vídeos, ouve-se um homem dizendo que a medida é necessária "para a segurança de vocês todos".
As imagens que circulam na internet, e já foram compartilhadas milhares de vezes, mostram a mulher tentando forçar a porta enquanto, já de calcinha e sutiã, é observada por seguranças. Outros clientes que estão na agência tentam interceder por ela, sem sucesso. Em seguida, um funcionário pede que Briza desligue o telefone celular que ela usava para filmar a confusão.
Depois de ser barrada, Conceição, que é funcionária de uma escola municipal de Cabo Frio, foi colocada em cadeira de rodas, bastante nervosa e chorando. Ela explicou que estava "atrás do PIS/PASEP desde 2014" e que sua entrada não foi permitida apesar de ela ter tirado todos os pertences da bolsa.
Em um relato no Facebook no qual chamou a situação como "revoltante", Briza contou que a polícia foi chamada e o filho da senhora apareceu em seguida, conseguindo acalmá-la. A reportagem tentou entrar em contato com a Polícia Militar para confirmar a informação, mas não obteve resposta até o momento.
Em nota à imprensa, a Caixa explicou que utiliza portas automáticas giratórias com detectores de metal em suas agências, de acordo com a Lei 7.102/83, que disciplina o sistema de segurança em estabelecimentos financeiros em todo o território nacional.
"As portas giratórias são utilizadas por todos os bancos para impedir o acesso de pessoas armadas às agências, e nunca para criar obstáculos aos usuários. O objetivo é proteger os clientes, seus empregados e patrimônio", informou a instituição.
Fonte: Uol
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