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quinta-feira, setembro 03, 2015

Ex-seminarista Gil Rugai deixa Penitenciária 2 em Tremembé, SP

Gil Rugai se entrega à polícia, em São Paulo, após mandado de prisão expedido  (Foto: Reprodução GloboNews)O ex-seminarista Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta, assassinados em 2004 na capital, deixou na tarde desta quarta-feira (2) a penitenciária
Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP). Ele estava preso na unidade desde novembro do ano passado.
Gil Rugai deixou a penitenciária por volta das 17h30. Segundo um funcionário da unidade, ele saiu escondido no porta-malas de um carro branco. Por telefone, por volta das 19h, a defesa de preso negou que ele tenha saído no porta-malas, mas não informou como ele deixou a unidade. Dois advogados foram à unidade para fazer a liberação do detento. Ninguém deu entrevista.

Rugai saiu do presídio um dia depois que os ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concederam liberdade. Eles entenderam que Rugai pode recorrer da sentença livre, como previa a condenação em primeira instância.
O habeas corpus foi apresentado ao STJ em novembro do ano passado, no mesmo dia em que ele se entregou à polícia em São Paulo em razão de uma ordem de prisão. O mandado de prisão foi emitido após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Antes, Rugai já tinha ficado preso preso preventivamente, também na P2, entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009.
Crime
As vítimas foram mortas a tiros em 2004 na residência do casal na zona oeste de São Paulo. Rugai sempre alegou inocência, mas, para a acusação, ele cometeu o crime porque o casal tinha descoberto que o ex-seminarista supostamente fazia desvios financeiros da empresa do pai.
Apesar de ter sido considerado culpado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, ele saiu do júri em São Paulo no ano retrasado sem ser preso porque, na época,  já respondia ao crime em liberdade. Rugai foi condenado a 33 anos e 9 meses de prisão.

Anulação do julgamento
Em novembro de 2014, os desembargadores negaram, por unanimidade, um pedido da defesa de Rugai para anular o julgamento de fevereiro de 2013. Os advogados do condenado queriam a anulação alegando que houve erros durante o processo.
Os defensores disseram que contas telefônicas comprovariam que Rugai estava em outro lugar no momento dos assassinatos. Os advogados também alegam que a perícia errou na elaboração do laudo do arrombamento da porta, que teria sido danificada por um pé compatível com o de Gil. Uma “testemunha surpresa” também ouvida durante o julgamento de Gil seria um argumento para pedir a anulação do júri, de acordo com a defesa.

Fonte: G1

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