A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Rio Grande do Norte completa 63 dias nesta segunda-feira (7) e ainda não há previsão de retorno de atendimento em 30 das 38
agências da autarquia no Estado. A paralisação ganhou reforço na última sexta-feira (4), quando os médicos peritos do INSS aderiram ao movimento.
Os servidores do INSS pedem uma reposição salarial de 27,5%, a incorporação de gratificações, uma jornada de trabalho única de 30 horas semanais e a melhoria das condições de trabalho, agravadas depois do corte orçamentário realizado pela União no primeiro semestre deste ano, como informa o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Previdência, Saúde e Trabalho do Estado, o Sindprevs-RN.
Ainda de acordo com o Sindicato, a greve segue por tempo indeterminado, mas há a expectativa de flexibilização por parte do Governo Federal. O maior entrave atual gira em torno da reposição salarial. Enquanto o Governo quer aplicar um valor inferior ao proposto pelos servidores em quatro anos, a categoria negocia a possibilidade de aplicação em pelo menos dois anos, já que a porcentagem representa apenas perdas inflacionárias.
Segundo o Sindprevs-RN, somente as agências do INSS de Natal e Mossoró estão funcionando e parcialmente, resultado de uma adesão que ultrapassa os 90% no Estado. Além de servidores do Instituto, integrantes do quadro dos ministérios da Saúde e do Trabalho também estão em greve no RN desde o último 7 de julho, data em que o movimento foi deflagrado no Estado e em todo o país.
Os atendimentos considerados emergenciais estão sendo realizados nas agências com funcionamento parcial. A central de teleatendimento 135 está orientando quem não for atendido durante a greve quanto às providências de reagendamento. Com a paralisação dos médicos peritos, o serviço de perícia médica também passa a funcionar de maneira limitada a partir de amanhã (8). Reuniões de negociação entre o Governo e representantes de sindicatos de todo o Brasil acontecem esta semana em Brasília.
Fonte: G1
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