Um movimento contra a redução na maioridade penal no Brasil está movimentando parlamentares, promotores de justiça e pessoas comuns em torno do tema. Criado pelo filósofo e escritor Renan
Quinalha, a campanha #Eu Confesso convida os internautas a fazerem vídeo contando os delitos que praticaram antes dos 18 anos. Os deputados federal Jean Wyllys e o estadual Marcelo Freixo (ambos do Psol) e Roberto Tardelli (ex-promotor responsável pela acusação no caso de Suzane von Richthofen), contrários à ideia da lei em votação, deram seus depoimentos.
Já Wyllys contou que, quando era coroinha, descobriu o cofre de Santo Antônio, e pegou dinheiro e foram a uma lanchonete tomar suco e comer sonho. “Depois veio a culpa. Sim, o meu delito de infância foi o roubo.” Em seu perfil no Facebook, Wyllys pergunta: “Qual de nós, quando pequenas e pequenos, não cometeu alguma infração que hoje seria enquadrada como crime?”
Marcelo Freixo (Psol-RJ), deputado estadual e correligionário de Wyllys, fez um vídeo no qual conta, entre outros dois delitos, que quando era criança pegava ônibus sem pagar. Em vídeo, Freixo diz que ele e amigos desciam do ônibus sem passar pela catraca, pois fugiam quando a porta abria. “Não foram poucas vezes que um cobrador correu atrás da gente para cobrar as passagens.” Freixo conta que usava o “dinheiro contado da passagem” para comprar picolé.
O ex-promotor e atual advogado criminalista Roberto Tardelli, responsável pela acusação no caso de Suzane von Richthofen, também aderiu a campanha. “Na minha adolescência, que se passou durante a ditadura militar, transgredir era um gesto até salutar. Eu ajudava a meninada, fazíamos e distribuíamos lança-perfume, de graça. Em Ribeirão Preto.”
Fonte: IG
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