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sábado, agosto 08, 2015

Morre o pai do bebê assassinado em incêndio causado por extremistas judeus

A casa que foi incendiada por colonos israelenses na aldeia de Duma, na Cisjordânia ocupada, em um ataque classificado de terrorista por IsraelSaid Dawawsha, pai do bebê palestino morto na semana passada após um incêndio em sua casa provocado por colonos extremistas
judeus, sucumbiu neste sábado (8) a seus ferimentos, informou a imprensa local.

Dawabsha, de 32 anos, tinha queimaduras de segundo grau em 80% de seu corpo e estava sendo atendido no Centro Médico Soroka, na cidade israelense de Bersheva.

Sua mulher, Rihan, de 27 anos, tem queimaduras de terceiro grau em 90% de seu corpo e respira com a ajuda de aparelhos, enquanto seu filho Ahmed, de quatro anos, sofreu queimaduras de segundo grau em 60% do corpo. Ambos estão no hospital Tel Hashomer de Tel Aviv e ainda correm risco de morte.

No ataque, ocorrido na madrugada do último dia 31 de julho e classificado pelas autoridades israelenses como "terrorismo judeu", dois supostos colonos radicais lançaram um coquetel molotov que incendiou a casa da família imediatamente e matou o bebê Ali, de 18 meses.

Os agressores queimaram também outra casa vizinha que se encontrava vazia nesse momento e fizeram pichações racistas em hebraico e desenharam a estrela de David do lado de fora da casa.

O fato comoveu à sociedade israelense, que reagiu com manifestações no dia seguinte em Tel Aviv, Jerusalém e Haifa para mostrar sua rejeição à violência extremista judaica.

As autoridades israelenses condenaram o assassinato com dureza, enquanto as palestinas responsabilizaram diretamente o governo de Benjamin Netanyahu por, em seu entender, permitir durante anos a impunidade dos ataques de colonos radicais contra a população palestina.

Netanyahu, em um gesto muito pouco comum, ligou para o presidente palestino, Mahmoud Abbas, para transmitir-lhe suas condolências e pedir-lhe para lutar juntos contra o terrorismo.

A polícia israelense pôs em funcionamento um número de telefone de emergências para que a população no território palestino ocupado da Cisjordânia possa ligar para proporcionar possíveis pistas que levem a encontrar os culpados mas, por enquanto, não se anunciou nenhuma detenção.

Fonte: Uol

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