Mossoró é naturalmente uma cidade muito quente, mas a temperatura deverá aumentar ainda mais até o final do ano. Meteorologistas apontam a
influência do El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, sobre a região Nordeste como causa do aumento da temperatura. Além do calor mais acentuado, os mossoroenses devem enfrentar desconforto causado pela baixa na umidade relativa do ar.
“O El Niño está atuando com massa de ar quente na América do Sul. Por enquanto, o clima seco está mais acentuado sobre as região Sudeste e Centro-Oeste. No entanto, à medida que vai se aproximando outubro, o mês mais seco no Nordeste, a umidade relativa do ar tende a cair”, explica o meteorologista Gilmar Bistrot.
O meteorologista conta que a umidade varia conforme a região do Estado. No interior do Rio Grande do Norte, por exemplo, o percentual médio é de 40% a 60%. Contudo, ele alerta que, ultimamente, a região tem apresentado índices de umidade de 30%, podendo chegar a 15% em outubro.
A umidade do ar é a quantidade de vapor de água na atmosfera. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o nível ideal de umidade do ar para os seres humanos é de 40% a 70%. Índices menores que 30% são considerados prejudiciais à saúde, podendo causar desconforto e sintomas como dor de cabeça, sangramento nasal e complicações alérgicas.
Dermatologistas esclarecem que a baixa umidade do ar pode causar ainda desconforto na pele, sobretudo de idosos e crianças. A recomendação para o período é aumentar a ingestão de líquidos saudáveis, principalmente água. Outra medida apontada como importante é a hidratação da pele com cremes e uso de protetor solar.
“Com o ar seco e altas temperaturas, a pele fica mais sensível e aumenta a sensação de calor. Por causa da alta temperatura, a camada protetora da pele, composta de lipídios, resseca, facilitando a entrada de elementos alérgenos. Por isso, é importante usar hidratante, protetor solar e evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes”, informa a dermatologista Sheyla Milena Souza.
A dermatologista afirma que os chamados hidratantes terapêuticos são mais eficientes que os hidratantes cosméticos porque possuem maior percentual de óleos hidratantes. Outras recomendações são o uso de sabonete líquido, menos agressivo, por pessoas com pele mais sensível e menos oleosa.
Crianças e idosos requerem cuidados especiais
Crianças possuem a pele mais fina e sensível, condição, que, segundo médicos, faz com que percam água com mais facilidade que os adultos. Desta forma, os cuidados com hidratação e proteção solar devem ser intensificados neste período de ar seco e altas temperaturas. Nutricionistas recomendam aumentar a ingestão de líquidos e frutas como forma de aumentar a hidratação e reduzir a perda de água do corpo.
“Nesta época, o ideal é moderar o consumo de alimentos gordurosos e de difícil digestão porque eles aumentam a temperatura corporal. É importante caprichar na ingestão de frutas ricas em água, como o melão e a melancia, além de legumes. A água de coco e os sucos também são bons aliados, mas nada substitui a água”, orienta a nutricionista Enaide Barros.
O pneumologista Luiz Henrique Caldas chama a atenção para o ressecamento das vias aéreas neste período, sobretudo nas crianças pequenas e os idosos acima de 70 anos de idade, causado pela baixa umidade relativa do ar. Ele recomenda atenção e aumento da ingestão de água.
“O ar mais seco, pobre em vapor de água, causa o ressecamento das vias aéreas, o que leva a uma irritação e inflamação destas vias, causando a descamação e queda na produção de muco, que serve de proteção para o organismo. Este fatores facilitam a proliferação e instalação de agentes infecciosos. Por isso é fundamental aumentar a hidratação”, disse o pneumologista.
Fonte: O Mossoroense
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