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sábado, agosto 08, 2015

Líder do MPRN diz que baianos não gostam de trabalhar; sindicato repudia

Rinaldo Reis, procurador-geral de Justiça do RN (Foto: Divulgação/Assessoria MPRN)O Sindicato dos Servidores do Ministério Público da Bahia (Sindsemp/BA) emitiu nesta sexta-feira (7) uma nota de repúdio contra o procurador-geral de Justiça (PGJ) do Ministério Público
do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis Lima, por uma declaração feita durante uma sessão do Colégio de Procuradores, em Natal, na qual o procurador afirmou que a "a Bahia é um povo que não gosta nem de trabalhar muito".

A assessoria de comunicação do Ministério Público do Rio Grande do Norte informou que o procurador-geral não vai se manifestar a respeito do caso.

A fala do procurador-geral de Justiça do RN surgiu durante um debate realizado no dia 28 de julho sobre a relação entre a eficiência do trabalho, os custos operacionais da instituição e a carga horária de trabalho dos funcionários. A declaração de Reis veio depois que a procuradora Tereza Cristina Cabral de Vasconcelos Gurgel esclareceu que os únicos estados do Nordeste que possuem carga horária de oito horas são o Rio Grande do Norte e a Bahia.

Em nota, o Sindsemp/BA cobrou uma retratação formal por parte do procurador e ironizou a declaração de Reis.  "Gostaríamos de convidar o Senhor Rinaldo a passar um dia com nossas baianas do acarajé, preparando o produto e vendendo ou, se assim o quiser, no porto de Aratu, acompanhando nossos estivadores. Temos como opção, também, nossos trabalhadores rurais que saem às 5h da manhã, retornando às 17h, tendo passado o dia inteiro podando cacau".

A nota do sindicato acrescenta que "dizer que este povo não gosta de trabalhar, além de demonstrar ignorância em relação a nossa cultura, costumes e história, é um ato de deslealdade aos baianos". O Sindsemp/BA encerra pedindo que o procurador "se retrate e reflita antes de proferir palavras pejorativas direcionadas a qualquer povo, pois a importância de vosso cargo requer um mínimo de responsabilidade". Na nota, o Sindicato também pede providências ao Governo e à Assembleia Legislativa da Bahia.

Fonte: G1

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